Alan Moore

País de nascimento: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
★ 18 de novembro de 1953

Lista de revistas com trabalhos de Alan Moore

Veja lista detalhada dos trabalhos

Trabalhos	Total
Arte	2
Editor original	4
História	34
Roteiro	1270
Texto	1
Capa: Arte	1

Aclamado como um dos maiores roteiristas da atualidade, Alan Moore nasceu em Northampton, Inglaterra, em 1953. Oriundo de uma família de operários, desde criança foi um leitor voraz, tanto de literatura como de quadrinhos e na adolescência, desenvolveu certa habilidade como artista gráfico. Aos 16 anos, quando o movimento hippie estava no auge, foi pego vendendo LSD no pátio da escola e acabou expulso e praticamente banido de qualquer instituição de ensino.

Depois de passar algum tempo amargando subempregos, começou sua carreira escrevendo e ilustrando tiras para jornais e revistas ingleses, mas ao reconhecer sua inaptidão para o ritmo industrial da produção de quadrinhos, dedicou-se apenas à função de roteirista. Suas conexões o levaram a trabalhar na célebre revista “2000AD”, para a qual escreveu episódios da série “Choques Futuristas” e, uma vez consolidado como autor, séries marcantes como “Skizz”, “D.R. & Quinch" e “A Balada de Halo Jones”, entre 1980 e 1986.

Quase na mesma época, seu talento foi reconhecido pela Marvel UK, extinta sucursal britânica da Marvel Comics, e acabou criando histórias para franquias de sucesso como “Doctor Who” e “Star Wars” e para o até então inexpressivo “Capitão Britânia”. Em 1982, participou do lançamento da antologia “Warrior”, assinando duas séries emblemáticas: a reformulação do super-herói “Marvelman” (depois publicado como “Miracleman”) e a aventura distópica antifascista “V de Vingança”.

Seu sucesso na recriação de “Marvelman” chamou a atenção do editor Len Wein, da DC Comics, que o contratou para escrever a série do Monstro do Pântano, até então fadada ao cancelamento. A inquestionável qualidade do texto, da arte e dos temas adultos abordados salvou a revista de horror da extinção e influenciou toda uma geração de artistas e títulos.

Mais do que isso, “A Saga do Monstro do Pântano” deu a Moore a chance de trabalhar com os personagens mais importantes da editora, notadamente Batman e Superman, em parceria com ídolos e amigos de longa data como Curt Swan, Joe Orlando, Brian Bolland e Dave Gibbons, em histórias que se tornaram clássicos modernos como “Superman- O Que Aconteceu ao Homem de Aço?” e “Batman- A Piada Mortal”.

Entre 1986 e 1987, Moore e Gibbons publicaram pela DC a maxissérie “Watchmen”, uma genial e contundente trama que desconstrói o mito do super-herói numa realidade marcada pela iminente guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. Ainda hoje aclamada, “Watchmen” foi o centro e o ponto culminante de uma celeuma em torno de direitos autorais que fez Moore romper violentamente com a DC Comics, jurando nunca mais trabalhar para a editora.

Isso levou o autor a começar uma carreira independente, com trabalhos diferenciados como a fábula erótica “Lost Girls” e o drama de horror “Do Inferno”. A partir de 1993, a fim de financiar seus projetos pessoais, Moore se associou aos fundadores da Image Comics, escrevendo para os títulos de super-heróis como “Spawn”, “Wild C.A.T.S.” e “Youngblood”. Em 1996, publicou seu primeiro livro, a antologia de contos “A Voz do Fogo”, uma homenagem à Northampton, de onde jamais saiu.

Em 1999, contratado pela editora Wildstorm, do desenhista Jim Lee, Moore recebeu sinal verde para criar um selo autoral, o America’s Best Comics. Pelo ABC, Moore criou títulos de sucesso que buscaram resgatar o tom otimista dos super-heróis pré-“Watchmen”, como “A Liga Extraordinária”, “Tom Strong”, “Promethea”, “Tomorrow Stories” e “Top Ten”. Mesmo depois que a Wildstorm foi comprada pela odiada DC Comics, Moore prosseguiu com as séries para garantir os empregos de seus parceiros. O selo ABC foi extinto em 2005, com a edição final de “Promethea”.

A partir de 2010, Moore concebeu novos álbuns de “A Liga Extraordinária”, as histórias de horror “Neonomicon” e “Providence” e a antologia “Cinema Purgatório”, pelas editoras Top Shelf e Avatar. Em 2015, lançou o “Eletricomics”, um aplicativo para publicar quadrinhos na internet e no ano seguinte, seu segundo livro, “Jerusalém”.

Desde seu aniversário de 40 anos, Moore se apresenta como um mago, explorando divindades e rituais místicos no seu cotidiano e em seus trabalhos. Politicamente, o autor se declara anarquista e não perde a chance de demonstrar toda a sua ojeriza às grandes corporações como a Warner Bros. e a Disney (não por acaso, atuais proprietárias da DC e da Marvel) e à indústria de Hollywood, sempre que algum de seus trabalhos é adaptado para o audiovisual. Moore tem duas filhas, Leah e Amber, de seu primeiro casamento com Phyllis. Em 2007, o autor casou pela segunda vez com a também escritora e desenhista Melinda Gebbie.

Em 2019, com o lançamento de “A Liga Extraordinária- A Tempestade”, Moore anunciou oficialmente sua aposentadoria da criação de histórias em quadrinhos, planejando dedicar-se à literatura e ao cinema.