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John Romita



País de nascimento: Estados Unidos da América
24 de janeiro de 1930
12 de junho de 2023

Lista de revistas com trabalhos de John Romita
Veja lista detalhada dos trabalhos


Descendente de italianos, John Romita nasceu no Brooklin, Nova York, filho de um padeiro. Influenciado por Milton Caniff (de “Terry e os piratas”), ingressou aos 13 anos na School of Industrial Art. Aos 17, estava formado. Logo em seguida, começou a trabalhar com desenho comercial.

Em 1949 estreou profissionalmente nos quadrinhos, através da revista “Famous Funnies” (da editora Eastern Color). Ainda naquele ano, ao mesmo tempo em que trabalhava como desenhista comerical para a Forbes Litography, concordou em ser assistente anônimo de Lester Zakarin, fazendo historietas para a editora Timely (hoje Marvel). A Timely simplesmente não sabia que Romita trabalhava para ela, pois o crédito ia todo para Zakarin. A parceria com Zakarin durou cerca de um ano, até Romita alistar-se no exército para lutar na Coréia.

Em 1951, ainda no Exército, fazia planos para casar-se com Virginia, uma amiga de infância. Como precisava de dinheiro, ele concluiu que estava na hora da Timely conhecê-lo. Naquele mesmo ano, ele entrou no escritório da Timely (naquela altura conhecida como Atlas Comics) e revelou como vinha trabalhando anonimamente para a casa. Saiu de lá com a missão de finalizar várias páginas desenhadas que a secretária entregou a ele. Foi a primeira vez que Romita fez a arte-final de uma HQ. Tratava-se de “It”, publicada na revista “Strange Tales” n° 4, com data de dezembro de 1951.

Em meados da década, Romita já era um dos principais artistas da Atlas, sob o comando editorial de Stan Lee. Mesmo com todo o trabalho na editora, sentiu necessidade de diversificar e fez algumas HQs românticas para a concorrente DC Comics, no gibi “Girl's Romance”, onde teve Carmine Infantino como mentor. Quando a crise atingiu a Atlas, no final dos anos 50, obrigando a corte nos quadros, a DC foi a tábua de salvação de Romita. O artista ainda pediu à Atlas que fosse recompensado pelo trabalho que já havia feito. A secretária disse que ia repassar a mensagem a Lee, mas a resposta nunca chegou. “Se o Stan Lee ligar”, Romita disse à esposa, “diga para ele ir ao inferno”.

Romita ficou na DC durante oito anos. Em 1965, a editora o despediu, ao concluir que sairia mais barato reprisar aquele vasto estoque de HQs de romance do que produzir histórias inéditas. Desiludido e esgotado, o jovem decidiu abandonar a indústria de HQs e voltou para a publicidade. Mas Lee, da agora renovada Marvel, o convenceu a voltar a trabalhar para ele, oferecendo ótimas condições de trabalho. Lee aproveitara, assim, a grande bobeada da DC. Romita aceitou a proposta e foi para a Marvel ainda naquele ano de 1965. Como estava exausto, inicialmente atuou apenas como arte-finalista. Seu primeiro trabalho na nova Marvel foi a finalização da arte de Don Heck e da capa de Jack Kirby para o número 23 do gibi dos “Vingadores”.

Com a saída do desenhista Steve Ditko do gibi do “Homem-Aranha”, após divergências com Lee, o conhecido editor passou a revista para Romita. Este assumiu os desenhos na edição 39. Sob seu pincel, a revista do Aranha se tornou a mais vendida da empresa em 1967.

Três anos depois de deixar a historieta, Romita assumiu as tiras do personagem para os jornais e as produziu de 1977 a 1981.

Depois de sair do “Homem-Aranha”, ele assumiria “Quarteto Fantástico” por algum tempo.

Ele ficou pouco tempo no título e logo passou a tarefa para John Buscema, assumindo então o cargo de Diretor de Arte da Marvel, cargo no qual pediu demissão por não concordar com a política de contratações da empresa.


(na foto, o artista nos anos 90)



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