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Jim Starlin



País de nascimento: Estados Unidos da América
9 de outubro de 1949

Lista de revistas com trabalhos de Jim Starlin
Veja lista detalhada dos trabalhos


(na foto, o artista em foto recente)

Roteirista americano, mais conhecido por seus trabalhos para editora Marvel, como “Capitão Marvel”, “Adam Warlock”, “Thanos”, “Drax, o Destruidor”, “Gamora” e “Mestre do Kung Fu”. James (“Jim”) P. Starlin estreiou nos quadrinhos na Marvel, em 1972, trabalhando para Roy Thomas, Stan Lee e John Romita. As regras da Marvel eram simples: se Starlin entregasse o trabalho no prazo e fizesse vender, podia continuar. Se não vendesse, Thomas o demitiria e contratava outro. Nesse espírito de pegar ou largar, Starlin foi chamado a escrever e desenhar uma edição do “Homem de Ferro”, série que seu colega de quarto, Mike Friedrich, vinha escrevendo havia seis meses.

Considerando que nunca teria outra chance, ele convenceu Friedrich que eles deviam enfiar na edição os personagens que Starlin havia sonhado quando fazia aulas de psicologia numa faculdade comunitária em Detroit, depois da sua passagem pela Marinha. Thomas ficou satisfeito e mandou Starlin e Steve Gerber escreverem a edição seguinte em dupla. Contudo, Lee acabou vendo a história, considerou o resultado péssimo e imediatamente afastou Starlin da série. Então, Starlin e o desenhista Alan Weiss, para se reabilitarem, ficaram com a arte da última edição de “Claws of the Cat”. A namorada de Starlin manteve os dois bem abastecidos de vinho e maconha durante dois dias. Em tom de comemoração, eles encheram as margens com comentários espertinhos e piadas internas. Na noite do prazo final, porém, a dupla debilitada teve que recrutar um terceiro artista, que infiltrou uma sugestão não solicitada na narração: “[a heroína] The Cat (A Gata) tem um cisto no ovário!”. Quando as páginas voltaram à escritora Linda Fite (que capitaneava “Claws of the Cat”) para acrescentar os diálogos, ela foi direto até Lee e reclamou. No dia seguinte, Starlin recebeu uma ligação furiosa do escritório. Outro problema é que Lee vivia interferindo em outro título, “Mestre do Kung Fu”, para irritação de Starlin e do roteirista Steve Englehart, que jogaram a toalha.

Mas Thomas achou que Starlin era promissor. Ele lhe ofereceu a chance de trabalhar em “Capitão Marvel”, onde se juntou ao desenhista Al Milgrom (que conhecera Starlin quando criança em Detroit). Starlin transformou a série numa espécie de ópera espacial vasta, multigeracional, um estilo que em breve encheria os bolsos de George Lucas. “Eu estava amalucado como todo mundo depois de Watergate, depois do Vietnã”, disse Starlin, cujos “hobbies” incluíam motocicletas, xadrez e dietilamida do ácido lisérgico. As vendas de “Capitão Marvel” não paravam de subir. Starlin começou a receber cartas de fãs que vinham com cigarrinhos de maconha, enviados por leitores alucinados e agradecidos.

Quando não estava se chapando no apartamento, Jim Starlin estava fazendo fazendo festa com Englehart, Frank Brunner, Alan Weiss e Al Milgrom. Juntos, eles tomavam LSD e vagavam a altas horas pela Manhattan da época de “Desejo de matar”, buscando inspiração para as psicodelias de “Dr. Estanho”, “Capitão Marvel” e “Defensores”.

Em 1982 Starlin produziu a primeira e histórica “graphic novel” da Marvel: “A morte do Capitão Marvel”, que vendeu três tiragens em velocidade de cruzeiro, dando a Starlin um incentivo para comprar seu Camaro Z28 zero quilômetro.



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