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Will Eisner



País de nascimento: Estados Unidos da América
6 de março de 1917
3 de janeiro de 2005

Lista de revistas com trabalhos de Will Eisner


Considerado um dos mais importantes artistas de HQs e uma das maiores influências no desenvolvimento do gênero, William Erwin Eisner nasceu no Brooklyn, Nova York, filho de judeus imigrantes (o pai era uma artista oriundo da Áustria).

Enquanto estudava no Instituto DeWitt Clinton, no Bronx, fez amizade com outro aluno que também gostava de desenhar: Bob Kane. Juntos, colaboraram na revista escolar. Após se formar, Eisner conseguiu um emprego para ilustrar anúncios do jornal “New American Newspaper”. Além disso, como “freelance”, criava ilustrações para “pulps”, revistas de contos fantásticos.

Em 1936, aos 19 anos, seguindo uma sugestão de Kane, entrou para a equipe da revista “Wow, What a Magazine!”, dirigida por Samuel “Jerry” Iger. Naquela revista, Eisner criou diversas HQs, como “Sheena” (1937, assinando como “W. Morgan Thomas”), o aventureiro “Scott Dalton”, a história de piratas “Falcão dos Sete Mares” (assinava como “Erwin”), a HQ de espionagem “Harry Karry” (como “Bill Rensie”), entre outras. No ano seguinte, com o fim da “Wow”, fundou com Iger o Eisner & Iger Studio, onde trabalharam grandes nomes das HQs, como Kane e Jack Kirby.

Em 1939 Eisner recebeu uma proposta do editor Everett Arnold (da Quality Comics) para produzir com exclusividade suplementos dominicais para jornais e achou melhor desfazer sua sociedade com Iger. Este continuou com o estúdio, agora com Al Grenet no lugar de Eisner.

Iger passou a ser diretor de publicações da editora Fiction House, e Eisner fez HQs para a Arnold. Criou os personagens “Pequeno Polegar” (Doll-Man) e “Condor Negro”, e começou a produzir histórias no formato de 16 páginas para o tal suplemento dominical, onde apareciam sempre três HQs de várias páginas cada uma. Sua estréia foi em 2 de junho de 1940, e no príncipio incluia “Spirit”, “Lady Luck” e “Mr. Mystic”.

“Spirit” é a história de um detetive mascarado, Denny Colt, um herói sem super-poderes que protege os habitantes da fictícia Central City. A série se destacou pela inovação dos enquadramentos — quase cinematográficos, com efeitos de luz e sombra — e pelas inovadoras técnicas narrativas, além da qualidade do roteiro e da arte, com belas mulheres, cenas hilariantes, melodramáticas, mas que enfatizavam sobretudo o aspecto humano dos personagens. Em 13 de outubro de 1941 “Spirit” começou a ser também publicado como tira diária. Eisner deixou a série em 1942 ao ser mobilizado pela Guerra, onde produziu pôsteres, ilustrações e histórias propagandísticas para o Exército.

“Spirit”, que tinha sido continuada por outros artistas devido à sua ausência, foi retomada por Eisner no episódio de 23 de dezembro de 1945. “Spirit” prosseguiu com seu suplemento dominical até 28/09/52, quando o autor cancelou a série para dirigir sua energia a trabalhos mais lucrativos, como a American Visuals Corporation, empresa fundada por ele e dedicada à criação de HQs, vinhetas humorísticas e ilustrações.

Somente quando o editor holandês Olaf Stoop reeditou “Spirit”, no começo dos anos 70, Eisner voltou a interessar-se pela criação de quadrinhos. Em 1978 criou “Um contrato com Deus”, considerada a primeira “graphic novel”, que consiste em quatro histórias acerca da vida no Bronx dos anos 30. Depois, seguiram-se outras “graphics novels”, como “Life on another planet” (1978), “O sonhador” (1986), “No coração da tempestade” (1991), “O edifício” (1987) e “Invisible people” (1991-92). Um mês antes de morrer, concluiu sua obra mais política, “A conspiração” (2005), um ensaio gráfico sobre a história do livro “Os protocolos dos Sábios de Sião”.

Eisner teve uma importância decisiva para demonstrar que histórias em quadrinhos não são meio de entretenimento apenas para crianças e adolescentes. Além de sua carreira de quadrinhista, ensinou técnicas de HQs na Escola de Artes Visuais de Nova York, e escreveu obras fundamentais na criação de quadrinhos.



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