Vertigo: Além do Limiar


Sheena



Nome: Janet Ames
Nome original: Sheena
Licenciador: Fiction House
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: S. M. Iger - ‘Jerry Iger’, Will Eisner

Lista de revistas com participação de Sheena

    Primeira aparição no:
  • País de origem
    Wags (1937)  n° 1 - Editors Press Service
  • Brasil
    Suplemento Juvenil  n° 587 - Grande Consórcio Suplementos Nacionais
Sheena, a Rainha das Selvas, foi uma das muitas “garotas das selvas” dos quadrinhos dos anos 40 e precursora de dezenas de imitações (“Nyoka”, “Rulah”, “Tigrana”...) que aproveitaram a trilha aberta por ela, num ramo onde quem reinava totalmente até então era Tarzan.

Sheena foi criada em 1937 por Will Eisner e S.M. “Jerry” Iger (que formavam o estúdio Eisner & Iger) para ser distribuída em jornais e revistas. De acordo com Iger (no livro “Iger Comics Kingdon”, 1985), a personagem foi visualmente inspirada em uma atriz chamada Cynthia Evans. Embora “Sheena” tenha sido elaborada por Eisner e Iger, a primeira história da heroína foi desenhada por Mort Meskin ("Alter Ego" no. 24, pág. 10), o contratado do estúdio. Para passar a impressão que seu diminuto “comic shop” era grande e empregava vários profissionais, Eisner e Iger se valiam de uns truques de marketing. Criaram, por exemplo, um escritor que nunca existiu, "W. Morgan Thomas", e foi com esse nome que as HQs de “Sheena” foram assinadas (os nomes de Eisner, Iger e Meskin não apareciam).

Um dos clientes de Eisner & Iger era o Editors Press Service, que passou a primeira história de “Sheena” para a revista britânica "Wags" número 1, publicada naquele mesmo ano de 1937.

No ano seguinte, 1938, “Sheena” finalmente estreiou nos Estados Unidos, no primeiro número do gibi "Jumbo Comics", da Fiction House (até então uma editora de “pulps”, revistas de textos populares). “Sheena” também abriu caminho para outros gibis da Fiction House, que passou a se especializar em quadrinhos que ostentavam sempre nas capas e nas "splash pages" (páginas de abertura) belas garotas com pernas de fora.

O motivo principal do grande sucesso de “Sheena”, a propósito, era justamente esse. “As histórias de Sheena eram muito parecidas uma com as outras, em geral com seu eterno companheiro Bob se metendo em alguma enrascada e ela salvando-o”, como bem lembrou Otacílio D'Assumpção. “Ao contrário da outra grande heroína dos quadrinhos, a Mulher-Maravilha — que era voltada para o público feminino —, Sheena atingia em cheio o jovem público masculino, raramente acostumado a tamanha exuberância como a que era mostrada em suas páginas, numa época em que os quadrinhos americanos raramente enveredavam pela trilha do erotismo. Aliás, diga-se de passagem, o erotismo era apenas visual, pois o comportamento de Sheena era tão assexuado quanto o de todos os outros personagens (...).” Apenas a ambientação da selva era pretexto para que ela usasse pouca roupa.

Entre 1955-56, “Sheena: Queen of the Jungle” foi parar na TV, numa série de 26 episódios (de 20 mins. cada) exibida pela ABC americana, com Irish McCalla. Em 1984, após anos de promessas e indecisões, a velha heroína das selvas foi levada às telas. Depois de prometerem Raquel Welch e Cheryl Ladd para o papel, acabaram escolhendo Tanya Roberts (a Julie da série de TV “As Panteras”) para vestir a tanga de Shena. A personagem voltou à TV americana entre 2000-02, numa série da Sony estrelada por Gena Lee Nolin, que chegou a ser exibida entre nós pela Rede Globo.

Sheena



Relate algum problema encontrado nesse personagem