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Neal Adams



País de nascimento: Estados Unidos da América
15 de junho de 1941
28 de abril de 2022

Lista de revistas com trabalhos de Neal Adams
Veja lista detalhada dos trabalhos


Desenhista conhecido pelo seu estilo altamente realista-fotográfico, Neal Adams (nascido em Governors Island, Manhattan, Nova York) teve como influências confessas Joe Kubert, Russ Heath e Mort Drucker, apesar de traços do estilo de Frank Frazetta serem vistos.

Adams iniciou sua carreira nos quadrinhos em 1959, aos 18 anos. Naquele ano, enviou uma amostra de seu trabalho para à editora DC, que foi rejeitada. Ele então conseguiu um trabalho na Archie Comics, desenhando o adolescente trapalhão “Archie” e sua turma. O primeiro trabalho no estilo realista ocorreu nas tiras de “Bat Masterson”, ainda naquele ano de 1959.

De 1962 a 1966, ilustrou uma tira de jornal baseada na série televisiva “Ben Casey”. Ainda na mesma época, nas tiras de jornas, foi assistente anônimo de John Prentice, no detetive “Rip Kirby” (Nick Holmes), e de Lou Fine em “Peter Scratch”.

Depois que Archie Goodwin, editor das revistas de horror da Warren Publishing, começou a cuidar de seus trabalhos, Adams tentou mais uma vez se aproximar da DC. Em 1967 ele colaborou com um título humorístico da casa, “Adventures of Jerry Lewis”. No ano seguinte, fez uma história do “Desafiador” na “Strange Adventures” e logo se tornou o principal capista da editora.

A presença de Adams na DC causou um certo rebuliço na concorrente MarvelComics. Adams acabaria indo para a Marvel em 1969, se unindo ao escritor Roy Thomas na revista “X-Men”, então prestes a ser cancelada. Apesar da dupla não ter sido capaz de salvar o título (que viria a ser cancelado no número 67), o que os dois fizeram nas edições 56 até 63 (maio a dezembro de 1969) é considerado como um dos trabalhos mais criativos da Marvel na época. No ano seguinte, ainda para a Marvel, Adams substituiu Jack Kirby em “Thor”.

Em 1970, de volta à DC, Adams se uniu ao roteirista Denny O'Neil e, juntos, produziram histórias que marcaram época. A primeira foi com “Batman” — que teve uma “volta às raízes” no período deles (“Batman” foi o primeiro trabalho conjunto de O'Neil e Adams, e não “Lanterna Verde & Arqueiro Verde”, como afirmam algumas fontes). “Lanterna Verde & Arqueiro Verde” (1970) foi outra HQ — um tanto controversa na época — que marcou a dupla de autores. Na trama, Lanterna e Arqueiro são levados para uma jornada cheia de comentários sociais pela América.

Outro colaborador constante que ajudou Adams nessa empreitada foi o arte-finalista Dick Giordiano, com o qual viria a formar, no final dos anos 60, a Continuity Associates, uma companhia que inicialmente fez “storyboards” para cinema, mas que também produziu HQs.

Durante a década de 70, Adams era politicamente ativo na indústria, e procurava unificar a comunidade de quadrinhistas. Seus esforços, juntos com os precedentes impostos pelas políticas favoráveis ao criador da Atlas/Seaboard Comics, ajudaram a instalar na indústria contemporânea a prática padrão de retornar a arte original para o artista, que pode aumentar seus ganhos ao vender seus originais para colecionadores. Adams também ajudou os esforços dos criadores do “Superman”, Jerry Siegel e Joe Shuster, em ganharem décadas de créditos acumulados e alguma remuneração financeira da DC.

Na mesma década, Adams ilustrou “Big Ben Bolt”, livros da série “Tarzan”, álbuns de “Jornada nas estrelas” e também fez alguns trabalhos relacionados à cinema.

No início dos anos 80, Adams foi assistente de Gray Morrow em “Buck Rogers”. Com a onda das HQs independentes, o artists começou a trabalhar com a Pacific Comics, entre outras editoras, e fundou a sua própria, a Continuity Comics, um tipo de subsidiária da Continuity Associates. Entre os personagens lançados pela sua editora estão Bucky O'Hare, Guerreiros Esqueleto, CyberRad e Ms. Mystic. Houve conversas entre Adams e Gene Simmons sobre a produção de uma série de quadrinhos da banda Kiss, mas nada foi concretizado.

Morreu aos 80 anos por complicações da sepse.



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