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Milton Caniff



País de nascimento: Estados Unidos da América
28 de fevereiro de 1907
3 de abril de 1988

Lista de revistas com trabalhos de Milton Caniff
Veja lista detalhada dos trabalhos


Desenhista americano (um dos melhores), nascido em Hillsboro, Ohio. É mais conhecido por suas imortais criações para os quadrinhos: “Terry e os piratas” e “Steve Canyon”.

Milton Arthur Paul Caniff começou nos quadrinhos a partir de 1922, quando colaborou com jornais de sua cidade. Três anos depois, foi contratado por um pequeno distribuidor, o Associated Press. Ainda estudante, em 1929/30, Milton Caniff fez “Escapes from the Pen”, uma historieta cômica (de um quadro só por dia) para o jornal “Columbus Dispatch”.

Em 1932 se mudou para Nova York. Foi assistente em “The gay thirties” e, em setembro daquele ano, assumiu um painel-cartum, “Mister Gilfeather”, que era até então desenhado por Al Capp (o criador de “Ferdinando”). Depois, capitaneou uma tira de aventuras, “Dickie Dare”.

Joseph Patterson, do “New York Daily News”, gostou de “Dickie Dare” e contratou Caniff para desenvolver uma nova tira de aventuras, “Terry e os piratas”. Na época, Caniff dividia o estúdio com Noel Sickles (o brilhante artista de “Scorchy Smith") e um ajudava o outro sempre que necessário. Sickles desenhava algumas tiras de “Terry e os piratas” para Caniff, enquanto que este escrevia “Scorchy Smith” para Sickles. Era uma ajuda mútua, sempre que um se apertava na entrega de seu trabalho. E verdade seja dita, Milton Caniff conseguiu desenvolver o seu extraordinário estilo graças à influência de Sickles.

Durante a Guerra, Caniff produziu, paralelo a “Terry”, a tira “Male call”, publicada exclusivamente nos jornais das Forças Armadas e destinados aos G.I. Joes (os pracinhas americanos). A pesonagem principal da nova historieta era Miss Lace, que dava conselhos e dicas aos soldados, ajudando a elevar o moral da tropa.

“Male call” e “Terry” duraram até 1946. Naquele ano, as relações entre Caniff e o distribuidor chegaram a um ponto máximo de tensionamento. Segundo cláusulas do contrato, o desenhista não poderia obter “royalities” sobre a utilização de “Terry” em outros meios. A série já virara programa radiofônico, filme seriado, álbuns para colorir e muito mais. Neste meio tempo, o artista fora sondado pelo Field Enterprises para criar um novo personagem. A rigor, Caniff não queria abandonar “Terry”. precisava, porém, pensar no futuro e num aproveitamento financeiro maior do trabalho que realizava. Mudou-se para o “Chicago Sun-Times” e criou o aviador “Steve Canyon”, com grande sucesso.

No pós-Guerra, Caniff já era há muito tempo um nome consolidado e respeitado no mundo do entretenimento. Ele ganhou, por exemplo, o troféu “Cartoonist of the Year” (Cartunista do Ano) da National Cartoonists Society. E a capa da revista “Life”, edição de 07/12/59, estava planejada com uma foto de Milton Caniff e Al Capp juntos. De acordo com Luiz Antônio Sampaio, a edição traria também uma reportagem para comemorar o 25º aniversário do lançamento de “Terry” e “Ferdinando”.

Na última hora, no entanto, um dos editores de “Life”, alegando que “homens velhos não vendem revistas”, mudou a capa, pondo nela a foto de Farah Diba, a noiva do Xá do Irã.

“Steve Canyon” foi publicado durante 41 anos e só foi interrompido com a morte de Caniff, em 1988. A última tira, publicada em 4 de junho daquele ano, consistia de dois painéis assinados por 78 artistas, num tributo final ao grande mestre.



Notas e fontes —
- www.lambiek.net/artists/c/caniff.htm
- de um texto de Luiz Antônio Sampaio publicado em 1987 (digitalizado e adaptado por Antônio Luiz Ribeiro)
- www.strippersguide.blogspot.com.br/2005/12/caniff-at-columbus-dispatch.html



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    Antônio Luiz Ribeiro
    em 19/01/2008 22:03:00
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