Cheyennes

Nome original:
Licenciador: Personagem Real
País de origem: Estados Unidos da América

Lista de revistas com participação de Cheyennes

Os cheyennes – ou cheienes – são um povo nativo-americano, uma vez conhecido como o "Povo Belo". Os cheyennes eram caçadores de búfalos nômades. Com a introdução do cavalo, eles prosperaram nas planícies e também por ter um governo altamente organizado. Com renomados guerreiros, grande espiritualidade e valores éticos, os cheyennes se tornaram famosos na América Nativa. Antes do século XIX, os cheyennes viviam uma vida tranquila na grande região de Minnesota, nas áreas de bosque pantanosas daquela terra. Durante este período, um grande motim de tribos indígenas, causado pela expansão do homem branco europeu, forçaram os cheyennes para fora de sua região. Eles migraram eventualmente para o Oeste, para as Grandes Planícies, onde se ramificaram em facções nômades: uns caçavam búfalos e outros eram guerreiros montados. Aqui, a nação dos cheyennes e sua cultura evoluíram.

Eram guerreiros formidáveis, caçadores, com mulheres fortes e pessoas em perfeita harmonia com a natureza. Também durante este período, duas facções cheyennes que tinham perdido o contato no passado distante, cada qual sem conhecimento da existência uma da outra, inesperadamente se encontraram em um confronto de caça, onde então se reuniram, após descobrirem que realmente tinham algo em comum. Estas duas tribos eram os suhtais e os tis-tis-stahts, os quais, em algum ponto no tempo ancestral, devem ter sido forçados a se separar, destinados a se reunir séculos depois. Cada tribo trouxe algo sagrado e instrumental sem igual, que completou a outra nação. Os tis-tis-stahts trouxeram a Convenção das Setas Sagradas, junto com a infraestrutura de governo, um conselho de 44 chefes e estrutura de exército; os suhtais trouxeram a Convenção do Chapéu de Búfalo Sagrado, junto com a maioria das cerimônias religiosas, inclusive a “Grande Cerimônia do Xale”, geralmente conhecida como a Dança do Sol.

Juntos, os Cheyennes cresceram em uma poderosa tribo, aliados a outras tribos: Lakota, Sioux e Arapaho. Embora os Cheyennes lutassem com diferentes tribos, tais como os pawnees, kiowas, corvos, shoshonis e outros, obtiveram sucesso na ampliação de seus territórios, de Dakota e Montana para o Novo México e Arkansas. Em meados de 1800, os EUA começaram a ampliar suas cidades e demarcar seus novos territórios sobre as terras dos índios das Planícies. O contato entre os Cheyennes e o homem branco ficou mais frequente e permaneceu relativamente calmo até o infame “Massacre de Sand Creek”, em novembro de 1864, onde foram mortos mais de 100 cheyennes e arapahos, os quais estavam sob os cuidados do grande Chefe Chaleira Preta e sob a proteção do Exército americano. O ato inegável de genocídio – e de mutilações – fez com que os Cheyennes não tivessem alternativa exceto a de entrar em mais de 20 guerras por ano, o que só poderia terminar com a dizimação deles e a sua conquista pelo homem branco.

Embora fossem superados eventualmente pelo exército, os cheyennes, sioux e arapaho puderam derrotar o mesmo exército nas várias batalhas principais, inclusive a “Batalha de Little Big Horn”, onde o General George Armstrong Custer [1839-1876] fez o "último posto lendário". Apesar desta tremenda vitória, tragicamente provou ser a última grande vitória do nativo-americano. Um assédio infinito do exército, impulsionado por um feroz desejo de vingança por Custer, culminou com o fato de que o búfalo – sua fonte mais sagrada de alimento – fosse erradicado. Isso representava fim iminente tanto para os cheyennes quanto para os outros povos nativos. Os cheyennes de hoje ainda lutam por sua existência. Existem ainda os que acreditam e praticam o modo tradicional de vida e lutam para preservar o idioma, a religião e sua identidade em detrimento de outros, completamente assimilados pelo mundo moderno. Enquanto isso, a forma atual de governo tribal luta por autodeterminação, enquanto as condições e restrições federais abundam e o estado impõe pesadamente a sua autoridade sobre as reservas indígenas.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cheyennes