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Caldeira Negra (Black Kettle)



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Caldeira Negra (Black Kettle)

Chamado Motavato ou Moke-ta-ve-a por seus amigos e familiares, Caldeira Negra (Black Kettle) nasceu perto das Black Hills de Dakota do Sul em 1803. No entanto, até 1832, vagueou pelo sul e juntou-se com a tribo Southern Cheyenne. Décadas mais tarde, após ter demonstrado fortes habilidades de liderança, ele se tornou chefe do grupo Wuhtapiu dos Cheyenne, em 1861. Black Kettle e seu bando desfrutaram da paz garantida aos Cheyenne pelo Tratado de Fort Laramie de 1851. No entanto, na época em que ele se tornou chefe, a corrida do ouro de Pikes Peak, em 1859, uma inundação de pessoas invadiu suas terras no Colorado. Até mesmo o comissário indiano dos EUA admitiu que: “Nós substancialmente tomamos posse do país e privamos os índios de seus meios habituais de sustento”.

Ao invés de defender o Tratado de Fort Laramie, o governo procurou resolver a situação. Exigiu que os Cheyenne do Sul assinassem um novo tratado no qual teriam de ceder todas as suas terras, exceto a pequena reserva de Sand Creek, no sudeste do Colorado. Black Kettle, com receio de que, caso não concordasse um acordo menos favorável pudesse ser apresentado, concordou com o tratado em 1861. Todavia, a reserva Sand Creek não conseguiu sustentar os índios Cheyenne forçados a morar lá. A extensão de terra árida era imprópria à agricultura e o rebanho de búfalos mais próximo estava a mais de 300 Km de distância. Além disso, a reserva logo se tornou um terreno fértil para uma série de doenças que deixaram inúmeros mortos em seu rastro.

Desesperados, muitos dos corajosos jovens cheyenne deixaram a reserva, atacaram o gado dos colonos próximos, roubaram os suprimentos de vagões de carga e de campos de mineração a oeste. Com o avanço da Guerra Civil (1861-1865) no leste, o número de soldados na área diminuiu muito, o que fex com que aumentassem os ataques dos índios. No entanto, os colonos da área ficaram furiosos e logo formaram uma milícia voluntária que levou à Guerra do Colorado (1864-1865) e um dos incidentes mais infames das Guerras Indígenas: o Massacre de Sand Creek. Nesse ataque brutal e covarde, cerca de 150 índios morreram, a maior parte velhos, mulheres e crianças. Sempre um homem pacífico, Black Kettle continuou a aconselhar a paz, mesmo enquanto os Cheyenne revidavam com incursões contínuas em trens de vagões e fazendas próximas.

Em outubro de 1865, ele e outros líderes indígenas haviam organizado uma trégua incômoda nas planícies. Assinaram um novo tratado o qual trocava a reserva de Sand Creek por reservas no sudoeste do Kansas, embora isso não incluísse seus antigos campos de caça no Kansas. Enquanto Black Kettle liderava seu bando para o Kansas, muitos se recusaram a segui-lo e rumaram para o norte a fim de se juntar aos Cheyenne do Norte no território Lakota. Ainda outros ignoraram o tratado completamente e continuaram a vagar por suas terras ancestrais. Esses bravos itinerantes, chamados de soldados-cães, logo se aliaram ao chefe de guerra Cheyenne, Roman Nose. O governo dos EUA, irritado com a recusa dos Cheyenne em obedecer o tratado, logo enviou o general William Tecumseh Sherman para forçá-los a entrar em suas terras designadas.

No entanto, Roman Nose e seus seguidores continuaram a atacar tantos pioneiros – os quais se dirigiam a oeste –, que logo interrompeu todo o tráfego no oeste do Kansas por um tempo. A fim de resolver o conflito após anos de ataques, o governo americano tentou mover os Cheyenne mais uma vez, desta vez para duas reservas menores no Território Indígena (atual Oklahoma). Lá, os índios receberam a promessa (mais uma!) de que receberiam provisões anuais de alimentos e suprimentos. Black Kettle estava mais uma vez entre os líderes que assinaram o tratado: o Tratado da Loja de Medicina de 1867. Contudo, uma vez que ele mudou sua tribo para a nova reserva, as disposições prometidas jamais foram cumpridas e, no final do ano, ainda mais bravos Cheyenne juntaram-se a Roman Nose.

Enquanto os renegados Cheyenne continuavam a invadir fazendas no Kansas e no Colorado, o general Philip Sheridan lançou uma vez mais uma campanha contra os acampamentos Cheyenne. O sétimo comandante de cavalaria, George Armstrong Custer, assumiu a liderança em uma campanha, seguiu os rastros de um pequeno grupo de invasão a uma aldeia Cheyenne no rio Washita. Bem dentro dos limites da reserva Cheyenne, estava a aldeia de Black Kettle.

Embora uma bandeira branca tenha sido avistada, Custer ordenou um ataque à vila na madrugada de 27 de novembro de 1868. Black Kettle morreu ao lado de aproximadamente 150 guerreiros e cerca de 20 ou mais civis. O resto do campo foi feito prisioneiro. Morrer com Black Kettle era a esperança dos Cheyenne de se sustentarem como pessoas independentes. No ano seguinte, todos foram expulsos das planícies e confinados às reservas.

FONTE:
https://www.legendsofamerica.com/na-blackkettle/

Caldeira Negra (Black Kettle)


Grupos
  • Cheyennes



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 07/10/2012 16:38:00
    Editado por Fabio Garcez