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Jim Shooter



País de nascimento: Estados Unidos da América
27 de setembro de 1951

Lista de revistas com trabalhos de Jim Shooter
Veja lista detalhada dos trabalhos


Jim Shooter foi o mais jovem contratado de uma editora de quadrinhos, foi editor-chefe da Marvel Comics e um dos criadores e fundadores da Valiant Comics. Embora Shooter tenha todo esse currículo, ele não era bem quisto por seus pares. Autoritário, com sede de poder e de controle, pouco a pouco construiu inimizades na indústria dos quadrinhos. Com 12 anos, Jim Shooter foi parar no hospital, onde encontrou dezenas de gibis os quais devorou nas semanas em que passou por lá. Mas ele havia reparado uma diferença entre eles. Os gibis da Marvel estavam em frangalhos, detonados pelo manuseio, enquanto que os gibis da DC Comics estavam novos e brilhantes. Ninguém os lia. Shooter então escreveu para a DC Comics e se ofereceu para escrever seus quadrinhos, pois tinha algumas ideias para eles.

Assim, aos 13 anos, James Shooter era o mais novo roteirista a escrever para a DC Comics, para a revista da Legião dos Super-Heróis. Naquela época, as histórias de Shooter ficavam sob a supervisão irascível do editor barra-pesada da família do Super-Homen, Mort Weisinger [1915-1978]. Na Marvel, Shooter substituiu Archie Goodwin como editor chefe, pois ninguém mais queria o cargo devido a bagunça empresarial em que a Marvel se encontrava. Shooter ficou conhecido pelos dois maiores – e piores! – crossover da Casa das Ideias: Guerras Secretas e Guerras Secretas II, cujas tramas que giravam em torno de um ser todo-poderoso, o Beyonder, o qual fazia o que bem queria com os heróis. Jim criou o Novo Universo Marvel, então uma comemoração aos 25 anos da Editora.

Neste lugar, os heróis originaram-se dos poderes gerados pelo “evento branco”, um raio ocorrido no céu do planeta. O principal herói do Novo Universo é o Estigma, escrito pelo próprio Shooter e desenhado por John Romita Jr. Na época, acusaram Estigma de ser um plágio do Lanterna Verde. Em 1987, Shooter foi demitido da Marvel. Alguns creem que o editor salvou a Marvel da falência certa, através de vários acordos de licenciamento, inclusive dos bonecos gerados pelo evento das Guerras Secretas. Entretanto, criou diversas fissuras entre os criadores da Marvel. Quando foi demitido, muitos artistas da Casa das Ideias, como Chris Claremont e Walter Simonson receberam um fax com as palavras “Ding-dong”, “a bruxa está morta”. Além disso, em uma festa na casa de John Byrne, na Califórnia – na qual estavam presentes vários funcionários e ex-funcionários da Marvel –, um boneco com a cara de Jim Shooter foi queimado.

Esse foi o legado que ele deixou para os artistas da Marvel. Entretanto, junto a vários artistas como Barry Windsor-Smith, ele criou a Valiant Comics, que trouxe personagens como Solar, Magnus e X-0 Manowar. A empresa foi vendida em meados dos anos 1990 e, depois disso, Shooter ainda fundou duas outras editoras, como a Defiant Comics e a Broadway Comics. Nos anos 2000, ele teve uma passagem pelo título da Legião dos Super-Heróis (inédita no Brasil). Jim Shooter continua a fazer quadrinhos aqui e ali, mas a “star brand” que ele deixou na indústria vai ser a mania pelo controle e personagens megalomaníacos como ele.


Notas e fontes —
(..) de um texto de Luiz Antônio Sampaio, publicado na revista “Calafrio” nº 38, 1988 (digitalizado e adaptado por Antônio Luiz Ribeiro);
(*) Jota Silvestre, “Mundo dos Super-Heróis” no. 24, 2010, pág. 18
(...) Revisado por Fabio Garcez. Fonte de pesquisa: https://splashpages.wordpress.com/2018/03/12/jim-shooter-e-suas-historias-mania-por-controle-e-complexo-de-deus/



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