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Nico Rosso



País de nascimento: Itália
19 de julho de 1910
1 de outubro de 1981

Lista de revistas com trabalhos de Nico Rosso


(na foto, Rosso [o mais baixo, de terno preto e gravata clara] ao lado dos colegas [da esq. para dir.] Jayme Cortez, Maurício de Sousa, Eugenio Colonnese, Adolfo Aizen, Henrique Lipszic e Manuel César Cassoli)

Nicola Rosso nasceu em Turim, na Itália, no dia 19 de julho de 1910. Ainda pequeno, o desenho, sua verdadeira paixão, levou-o à Academia Albertina de Turim. Tempo depois, estudou retrato com os mestres Giácomo Grosso e Giovanni Reduzzi. Sua incansável busca pelo aperfeiçoamento das técnicas de desenho levou-o a viajar pela França por dois anos.

Trabalhando em todas as modalides das artes gráficas, foi considerado um destacado profissional em seu país. Lecionou Ilustração e História do Traje na Escola de Artes Gráficas Bernard Semeriz.

Conheceu Tina Billi quando tocava bateria num baile, com quem se casou aos vinte dias de setembro de 1937. Tiveram apenas dois filhos, Gianluigi Rosso e Valeria Rosso. Tendo a guerra devorado quase que totalmente seus bens, transferiu-se para o Brasil, desembarcando no Porto de Santos em 3 de outubro de 1947, já contratado para dirigir o Departamento de Artes da Editora Brasilgráfica. Sua família chegou seis meses depois, em 9 de abril de 1948.

Logo depois, iniciou sua carreira autônoma como ilustrador, capista e quadrinista, colaborando com inúmeras editoras e trabalhando em quase todos os gêneros de quadrinhos, como de histórias, infantil, humor, terror, entre outros. Trabalhou também na Escola Panamericana de Artes, sendo integrante do corpo docente fundador da instituição.

Um dos primeiros trabalhos de Rosso no Brasil foi feito para a “Gazeta Juvenil”, suplemento infantil do jornal “A Gazeta”. Mais conhecida como “A Gazetinha”, na sua última fase, publicava mais contos ilustrados que quadrinhos. Messias de Mello era o principal desenhista desse suplemento, mas já em 15 de novembro de 1949 aparece o nome de Nico Rosso no expediente. Rosso ilustrou um total de 11 histórias para a “Gazeta Juvenil”. A última foi publicada em 15 de abril de 1950 (o suplemento acabou em com a edição de 1° de julho, três meses depois). Como ilustrador infantil, destacamos também seu trabalho em 1951, na Editora Melhoramentos, com a produção de “Leitura 1”, da série Braga, totalmente ilustrada por ele, obra esta que pode ser encontrada no acervo do Projeto “Memória da Cartillha”.

Nico Rosso teve uma importante contribuição como ilustrador de revistas de terror e humor. Ilustrou famosas revistas de terror, como a “Revista Terrir”, “Revista Estranho Mundo de Zé do Caixão”, revista “Contos de Terror” e “Targo”, bem como trabalhos de humor como a quadrinização de Chico Anísio na revista “Era Xixo um Astronauta?”.

Sofreu sérios problemas de saúde no ano de 1976, decorrentes do desabamento e da inundação de seu estúdio, causados por problemas de infiltração de águas pluviais em terreno anexo de propriedade de uma companhia energética. Este incidente acarretou a perda de quase todo seu acervo bibliográfico, consumindo também exemplares de sua obra.

Em decorrência deste episódio, sofreu derrame cerebral (seu primeiro AVC, em 1977) e, depois, infarto. Assim sendo, teve que abandonar o trabalho de quadrinista e de professor, aposentando-se logo em seguida. Canhoto de nascença, desenvolveu habilidades de ambidestrismo durante sua vida profissional, fato este que, mais tarde, permitiu-lhe retomar o desenho no pontilhismo.

Após três infartos, deu suas últimas pinceladas na véspera do dia 1 de outubro de 1981.


Marconi Alves Lapada
www.mulheresquadrinhos.blogger.com.br



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  • Erico Molero
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    Erico Molero
    em 05/05/2007 12:38:00