Ajude na manutenção e expansão do Guia dos Quadrinhos


Gus Arriola



País de nascimento: Estados Unidos da América
17 de julho de 1917
2 de janeiro de 2008

Lista de revistas com trabalhos de Gus Arriola
Veja lista detalhada dos trabalhos


Nascido em Florence, Arizona, Gustavo Arriola começou carreira no estúdio de Charles Mintz, onde, a partir de 1936, foi continuista em “Barney Google”, “Scrappy” e “Krazy Kat”. Um ano depois se mudou para MGM, onde trabalhou em um personagem chamado “Lonesome Stranger”. Arriola pegou um dos bandidos mexicanos daquele cartoon, o “limpou” e o chamou Perfecto Salazar “Gordo” Lopez. Gus ofereceu o carismático mexicano a diversos distribuidores, até fechar contrato com o United Feature (cujas principais HQs eram “Ferdinando” e “Nancy”). Gordo era pelo menos no início, o típico mexicano esteriotipado: um plantador de feijão que falava inglês engraçado e fazia siesta o dia todo. Arriola, de pais mexicanos, até então nunca tinha visitado aquele país (só o faria em 1961). Ainda assim, “Gordo” ganhou vários elogios das autoridades mexicanas. Charles Schulz descreveu “Gordo” como “provavelmente a tira mais belamente desenhada do comics business”. Arriola se justificou depois explicando que Gordo era esteriotipado porque era assim que as coisas eram feitas na época. À medida que seus personagens se desenvolveram, tornaram-se menos simplistas, com Gordo até usando roupas americanas.Arriola costumava contar que o United achou que “Gordo” era um matuto como “Ferdinando”, só que mexicano. O próprio Al Capp, autor de “Ferdinando”, interpelou friamente Arriola, a respeito do novo personagem, achando que era um rival. Gus achou aquilo tudo muito engraçado, primeiro porque era fã de Capp e segundo porque em nenhum momento pensou em fazer “Gordo” como um montanhês matuto como “Ferdinando”. “Gordo”fez sua estréia nas tiras diárias em 24 de novembro de 1941. Semanas depois, o Japão atacou Pearl Harbor, forçando os EUA a entrar na Guerra. A tira foi interrompida por cerca de um ano, enquanto Arriola servia no exército. Seus deveres (trabalhando em filmes de treinamento) o deixaram com noites e fins de semana livres. Assim, começou uma versão dominical colorida de “Gordo”, em 1943. As diárias retornariam em 1946.

No decorrer da tira, os personagens foram tratados como respeitáveis, bobos, capazes, falíveis e engraçados — enfim, seres humanos. E através deles, os americanos conheceram o cotidiano de gente comum do México. “Gordo” popularizou palavras como “tortillas”, “tamales” e “Hasta la vista”. Mais tarde, Gordo se envolveu com Mary Frances Sevier (nome homenageando a mulher de Arriola), jovem multimilionária. Mas um personagem ainda mais importante, que se juntou ao elenco depois, era a governanta de Gordo, a mexicana Tehuana Mama, uma formidável senhora que, embora não fosse romanticamente envolvida com ele, era claramente a mulher na vida de Gordo.

Nos primeiros anos, Gus contratou um assistente, Lee Hooper. Mas a partir do final da década de 40, passou a fazer todo trabalho sozinho. A exceção foi um único mês em meados dos anos 50, quando o médico ordenou repouso, e seus amigos (incluindo Eldon Dedini, cartunista da “Esquire” e “Playboy”, e Hank Ketcham, autor de “Dennis, o Pimentinha”) o substituiram. Mas a performance solo de Gus continuou por décadas, uma conquista notável, terminando apenas com a aposentadoria. “Gordo” foi cancelado em 2 de março de 1985. O governo da Califórnia votou uma resolução elogiando a excelência profissional da Arriola e seus muitos anos de promoção da amizade entre os dois países.


Gus Arriola

Personagens criados por Gus Arriola (1)


Relate algum problema encontrado nesse artista

  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 23/01/2012 17:15:00
    Editado por Antônio Luiz Ribeiro