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Giancarlo Berardi



País de nascimento: Itália
15 de novembro de 1949

Lista de revistas com trabalhos de Giancarlo Berardi
Veja lista detalhada dos trabalhos


(acima, o autor em 2009. Divulgação: Blog Tex)

Roteirista italiano, nascido em Gênova. As primeiras experiências artísticas de Berardi ocorrem no período universitário. No início, seus interesses parecem se distanciar do mundo das HQs, visto que naqueles anos debuta como autor e ator em teatro estudantil e se cimenta no campo da música cantando e tocando guitarra numa típica formação dos anos 60, “Gli Scorpioni” (Os Escorpiões).

1970| Sua estréia nas HQs, todavia, não tarda a chegar. No início dos anos 70, enquanto ainda freqüenta a universidade, escreve sua primeira história com o desenhista Ivo Milazzo (que tinha sido seu colega de classe no segundo grau e com o qual firmará uma união artística durante vários anos), “Il cieco”, poucas páginas publicadas na revista “Horror” do editor Sansoni. Também é desse período a publicação das tiras de “Il Palafita” nas páginas de “Sorry”, antológica revista de personagens vários daqueles anos, que nasceu na esteira do sucesso da histórica “Linus” de Giovanni Gandini.

Em seguida, colabora de forma anônima — como era costume na época — com outras séries de quadrinhos, tanto de gênero aventura quanto humorístico. Em particular, por contatos com o estúdio Bierreci (dos conterrâneos Luciano Bottaro, Giorgio Rebuffi e Carlo Chendi) escreve roteiros para “Tarzan” e “Gatto Silvestro” (Cenisio), e para “Topolino” (Mondadori).

1971| As irmãs Giussani, Luciana e Angela, criadoras de “Diabolik”, sempre contaram com um grande time de colaboradores para as idéias das HQs de sua criatura. Entre os tantos jovens que deram os primeiros passos com a série do rei do crime estava Berardi, que escreveu alguns argumentos. Sobre esta experiência, ele recorda: “Eu pensava em humanizar o personagem com um sopro de ar inovador; alguns dos meus argumentos, ao menos em parte, foram aceitos pelas Giussani, mas outros não. Para mim foi uma lição de modéstia: eu me dei conta que minhas idéias também eram fruto de presunção, porque Diabolik já tinha uma vida própria, e claro que não seria eu a mudá-la”.

1971| Depois dessas primeiras abordagens, transcorre um longo período nos Estados Unidos, onde tem a ocasião de mostrar algumas de suas histórias de horror a John Romita. Seus trabalhos são tão apreciados que lhe é proposto de colaborar com a editora Marvel, com a condição de se mudar para o país. Berardi, 22 anos recém completados, recusa e volta à pátria, não sem antes ter escrito uma série de artigos sobre quadrinhos para algumas revistas especializadas.

1973| Ao voltar à Itália, diploma-se em Língua Estrangeira (apresentando uma tese sobre a “Sociologia do romance policial”) no Magistero di Genova, e decide se dedicar completamente aos quadrinhos.

1974| Junto com Milazzo, cria “Ken Parker” para a Bonelli (ainda Editrice Cepim), escrevendo o primeiro episódio, que, originalmente, nasce para sair dentro da antológica “Collana Rodeo”. O personagem é claramente inspirado no Jeremiah Johnson de Robert Redford em “Mais forte que a vingança” (“Jeremiah Johnson”, 1972), de Sidney Pollack, tanto que a idéia inicial era chamá-lo, com notável semelhança lingüística, de Jedediah Baker, nome que depois foi julgado muito complicado. Apesar desse primeiro número não mostrar suficientemente as características peculiares do estilo de Berardi, o personagem agrada tanto ao editor que ele decide lhe dedicar uma série própria. A série debutará nas bancas somente três anos depois, em junho de 1977.

1975-76| Os projetos de Berardi para a “Collana Rodeo” não compreendem apenas os episódios de Parker. No mesmo período, escreve duas outras histórias de ambientação western: “Wyatt Doyle”, desenhada por Gianni Forgiarini, e “Terra maledetta”, desenhada por Antonio Canale. Serão publicados quase ao mesmo tempo da estréia de Parker (respectivamente nos números 131, de abril de 1978, e 121, de junho de 1977, da “Collana”).

Fonte — J. Mulle



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