Vertigo: Além do Limiar


Francisco Ibáñez



País de nascimento: Espanha
15 de março de 1936
15 de julho de 2023

Lista de revistas com trabalhos de Francisco Ibáñez
Veja lista detalhada dos trabalhos


Francisco Ibáñez Talavera foi quadrinista nascido em Barcelona. Criador dos mundialmente famosos Mortadelo e Salaminho, os dois desastrados agentes da T.I.A., publicados pela primeira vez na revista espanhola “Pulgarcito”, em 20 de janeiro de 1958.

Entre inúmeros prêmios recebidos em sua longa e prolifica carreira, Ibáñez recebeu, em 1994, o “Gran Premio del Salón del Cómic”, pelo conjunto de seu trabalho, onde sua carreira é reconhecida como uma das mais importantes entre os quadrinistas espanhóis. Talvez não merecesse. Está fartamente documentado que o autor de “Mortadelo e Salaminho” copiava descaradamente os quadrinhos franco-belgas, tanto na composição de cenas, na cópia de motos, carros, tanques e outros veículos menos comuns, quanto nas piadas. Copiava de vários autores importantes da época, mas o alvo principal era Franquin, tanto em “Spirou” quanto em “Gaston Lagaffe”. No caso de “Gaston Lagaffe”, Ibañez praticamente refazia a história, substituindo os personagens franco-belgas pelos seus Mortadelo e Salaminho. E passou a década de 60 fazendo isso, dezenas, centenas de vezes. A desculpa é que Ibañez tinha que produzir uma grande quantidade de páginas para a revista em que publicava. E é verdade, de fato tinha uma produção impressionante, criando e desenhando uma grande quantidade de séries simultaneamente, até que conseguiu fama suficiente para criar seu estúdio. Mesmo assim, manteve uma produção em outra escala, quando comparada com a produção franco-belga. Enquanto “Asterix” tem três dezenas de álbuns, “Mortadelo e Salaminho” tem cerca de duas centenas. De qualquer forma, não deixa de ser interessante a desfaçatez com que um autor profissional, publicando numa revista profissional, se aproprie, dessa meneira, do trabalho de outros colegas. (ver “QI” no. 131, jan. 2015)

No Brasil, o “Mortadelo e Salaminho” de Ibáñez foi publicado também no jornal “O Globo”, nos anos 70 e 80 — a página dominical, em cores, saía no “Globinho Supercolorido” (o suplemento dominical daquele diário carioca) desde o primeiro número, em 2 de julho de 1972. Entre 1976 e 1981 o “Globinho Supercolorido” tradicionalmente publicava a HQ na pág. 4.



Relate algum problema encontrado nesse artista