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Rock Hudson



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Rock Hudson

Rock Hudson foi um dos maiores galãs da Era de Ouro do cinema norte-americano. Teve um início simples, mas atingiu o estrelado graças à boa aparência e a imagem máscula que apresentava nas telas. Todavia, por trás de uma vida glamourosa, o ator ocultou um grande segredo sobre quem ele realmente era. Ele teve de esconder sua homossexualidade do público. Roy Harold Scherer Jr. Nasceu em 1925, no subúrbio de Winnetka, Chicago. Cresceu em um lar conturbado e, ainda criança, teve de aprender a lidar com o abandono do pai, o qual deixou a família no auge da Grande Depressão.

Anos depois, foi adotado pelo padrasto, o novo marido de sua mãe, a qual mudou o sobrenome do menino para Fitzgerald. No entanto, essa adoção não foi sinônimo de estabilidade para Rock, porque o padrasto era um homem violento. Após dar baixa na Marinha dos EUA em 1946, decidiu que era hora de investir no grande sonho de ser ator. Apesar de não ter sido encorajado pela família, mudou-se para Los Angeles, onde reencontrou seu pai biológico, trabalhou como caminhoneiro e fez alguns bicos para conseguir dinheiro. Em 1947, foi descoberto por Henry Willson, o famoso caça-talentos, o qual decidiu mudar seu nome para algo mais artístico e poderoso: Rock ("Rocha"), inspirado na fortaleza da rocha de Gibraltar e pelo poderoso rio Hudson.

Wilson viu em Roy o potencial de um verdadeiro galã de Hollywood, e ele estava certo. No final dos anos 1940, Hudson começou a despontar em alguns papéis no cinema e, já no início da década seguinte, sua importância nas telonas crescia gradativamente. Foi elogiado pelo papel do playboy egoísta que se regenera em Sublime Obsessão (1954), de Douglas Sirk, mas um de seus trabalhos mais notáveis foi no filme dirigido por George Stevens, Assim Caminha a Humanidade (1955), ao lado de Elizabeth Taylor, de quem se tornou grande amigo, e de James Dean, com quem não conseguiu ter uma relação das mais amigáveis durantes as filmagens dado o temperamento irritante, até mesmo grosseiro, de Dean. Assim mesmo, sua atuação rendeu-lhe uma indicação ao Oscar.

Enquanto tudo corria bem em sua carreira, sua vida pessoal oscilava. Uma revista ameaçava levar a público a homossexualidade de Hudson, o que fez seu agente gastar milhões para esconder a verdade. Willson advertiu-lhe que a revelação de sua intimidade poderia arruinar totalmente a sua carreira. Mesmo que muitas pessoas do meio soubessem a verdade, o fato permaneceu escondido até a morte de Hudson. Para abafar os rumores, em 1955, ele oficializou sua união com Phyllis Gates, secretária de Willson. O casamento durou apenas três anos.

Sua carreira também passou por alguns altos e baixos, e, entre algumas escolhas erradas, protagonizou Adeus às Armas (1957) e Amor à Italiana (1965), mas entregou uma performance digna de um grande ator em O Segundo Rosto (1966), ficção/drama de John Frankenheimer, com certeza a obra mais sombria de sua filmografia, na qual interpreta um homem bem sucedido mas frustrado que aceita a proposta de uma sociedade secreta para mudar de identidade e de vida. Também fez faroestes, como O Último Por-do-Sol (1961), com Kirk Douglas e Jamais Foram Vencidos (1969), ao lado de John Wayne.

Hudson estrelou Confidências à Meia-Noite (1959), Volta Meu Amor (1961) e Não me Mandem Flores (1964), comédias bem sucedidas ao lado de Doris Day e Tony Randall, época em que estava no auge da carreira e provou sua versatilidade como um ator que também conseguia fazer rir.

Na década de 1970 sua carreira estava em declínio e ele migrou para a TV, onde fez participações em algumas séries, como McMillan & Wife (1971-1977). Já nos anos 1980, sua saúde chamava a atenção, quando apareceu em uma entrevista coletiva, com uma aparência perturbadora: muito magro, rosto encovado e ar abatido. Ele fumava e bebia muito, mas seu aspecto não saudável devia-se ao HIV, doença a qual foi diagnosticado em 1984, o que fez com que se afastasse definitivamente dos holofotes. Seu último trabalho foi na série Dinastia, entre 1984-85. Morreu no dia dois de outubro de 1985, em Beverly Hills.

A pedido do ator, seu corpo foi cremado. Pouco antes de sua morte, sua agente já havia informado o diagnóstico e, além disso, um artigo publicado pela revista People, em agosto de 1985, tratou a fundo a doença e usou o drama do ator como exemplo. A revelação pública de sua homossexualidade e de sua condição de soropositivo chocou a opinião pública, mas, pela primeira vez, a AIDS ganhou visibilidade e passou ser devidamente discutida, e a tragédia vivida pelo astro levou a um financiamento de pesquisa sobre o vírus. Até hoje, a memória de Rock Hudson vive nos filmes mais célebres de Hollywood.

Rock Hudson



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 14/07/2013 11:29:00
    Editado por Fabio Garcez