Vertigo: Além do Limiar


Mônica



Nome: Mônica Sousa
Licenciador: Mauricio de Sousa
País de origem: Brasil
Criado por: Mauricio de Sousa

Lista de revistas com participação de Mônica

Em 11 de fevereiro de 1963 a primeira página da “Folha de S. Paulo” anunciava a chegada, entre os personagens de Maurício de Sousa, de uma menininha invocada e sem nome. Na tira em preto-e-branco de número 18, de 21 de março de 1963, de “Cebolinha”, aquela menina finalmente estreiou, com seu inseparável coelhinho de pelúcia. Era inspirada na filha de Mauricio de Sousa, o autor. A filhota de Maurício brincava, na vida real, com um coelho amarelo surrado e forrado de palha.

Inicialmente uma personagem secundária, Mônica foi crescendo em popularidade e acabou se tornando o carro-chefe do universo “mauriciano”. A fama foi tal que, em 1965, a apresentadora Hebe Camargo chamou o desenhista e a filha deste para o programa, onde entregou à menina um coelho de pelúcia azul, mais de acordo com o companheiro da Mônica dos gibis.

No início, Mônica era a irmã menor (ela tem uns sete anos de idade) do personagem Zé Luís, algo que logo foi esquecido pelo autor. Com o tempo, Mauricio foi dando um formato para suas histórias e para todo aquele universo de meninos e meninas. Estabeleceu-se que Mônica e seus amigos vivem no bairro do Limoeiro, em São Paulo.

Quando Mônica surgiu, usava sapatinhos, assim como Cebolinha, Franjinha e todos os outros personagens. Naquela época, para dar conta de produzir as tiras para jornais, que aumentavam mês a mês, Mauricio era obrigado a desenhar o mais rápido possível. E, quanto mais fazia isso, mais simplificava a arte. Por isso, com o tempo, a perna e o sapatinho da Mônica viraram uma coisa só, assim como a calça e os sapatos de um personagem adulto. Como as tiras eram em preto e branco, ficava claro que o calçado continuava ali, mesmo não desenhado.

Mas, em maio de 1970, quando vieram as cores na nova revista (“Mônica” n° 1, Editora Abril), a coisa complicou. Mônica, Cascão, Magali e tantos outros que tiveram os sapatinhos “emendados”, passaram a ser pintados como se as pernas e os pés fossem uma coisa só. E outros, como Cebolinha, Franjinha e os meninos mais velhos, continuaram com os sapatos convencionais.

Por essa ótica, Mônica de fato tem dedos, assim como o Cebolinha e outros meninos. Eles apenas não aparecem. Ou como ela já disse em uma historinha: “Na verdade... eu uso meia-calça!”.

O sucesso da revista “Mônica” fez com que a menina mais forte do bairro estrelasse um histórico comercial para a TV em desenho animado, em parceria com a Cica alimentos.

Se no começo Mônica era apenas uma menina ranzinza que distribuía coelhadas, com o tempo ela ficou menos brava e muito mais forte. Digna de um super-herói, a força de Mônica às vezes atravessa o limite da realidade dos quadrinhos. Outras mudanças ocorreram no decorrer dos anos. Por exemplo, apesar de Mônica ser chamada até hoje de gorducha, isso era mais evidente em seus primeiros 15 anos de vida editorial: ela e Cebolinha eram mais “fofinhos”, enquanto Cascão e Magali eram bem magros.

Mais tarde, a revista “Mônica” mudou-se para a editora Globo e hoje é publicada pela Panini.

Com o passar das décadas, a equipe de Maurício foi adicionando alguns personagens nas HQs da adorável menina dentuça, como o seu cachorro Monicão, um “presente de grego” do Cebolinha, na vã esperança que ela se irritasse pelo fato do cachorro ser dentuço. Ou como o namoradinho Luca, personagem recente, que é cadeirante.

Em 2008, Maurício tomou uma medida ousada: paralelo às HQs infantis da personagem, criou o título “Mônica Jovem”, em estilo semimangá, para o público adolescente. Na nova publicação, a protagonista e seus amigos aparecem adolescentes, em situações pouco comuns para a revista principal.


Fonte —
Paulo Back, “Turma da Mônica Coleção Histórica” vol. 14;
www.planetagibi.net/2013/03/os-50-anos-em-que-turma-do-mauricio-se.html


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