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Max Muller
Licenciador:
Domínio Público
País de origem:
Brasil
Criado por:
Augusto Rocha
Primeira aparição no:
Brasil
Max Muller, criação de Augusto Rocha, foi publicado na revista O Tico-Tico a partir de sua edição nº 386, de 26 de fevereiro de 1913. Primeiro herói de HQ realista de aventura do Brasil no século XX, Max Muller encantou a juventude dos leitores do Tico-Tico e figurou como um dos seus heróis favoritos. Marcado pela sua origem germânica, Muller desapareceu quando a Alemanha começou a perder prestígio no Brasil e no mundo; sua última aparição foi em 22 de março de 1916, depois de uma ausência de quase sete meses.
Os capítulos de Max Muller, de excelente apresentação gráfica, eram multicoloridos, com uma narrativa que transitava entre o real e o fantástico. Suas aventuras, apresentadas às quartas- feiras, seguiam um padrão: numa semana o capítulo era geralmente um painel que ocupava toda a primeira página do semanário, deixando somente espaço para o título; na outra semana, a página de Max Muller vinha no interior da revista, oferecendo uma série de quadrinhos que podiam ter uma apresentação bem tradicional, ou em outras formas geométricas. No decorrer de tropelias sem fim, vadeando rios, atravessando florestas, cruzando mares e desertos, Rocha pôde exercitar-se na figuração de seu tema predileto, apresentando, sempre admiravelmente desenhados, os animais selvagens das distantes terras percorridas por seus personagens.
Nascido em Goiás, filho de um imigrante alemão, Fritz Muller, e mãe brasileira, Maria Muller, Max, ainda menino, é seqüestrado e passa a viver no exterior, adotado por um aristocrata inglês, Mr. Greener, que se torna seu tutor, mentor e companheiro de aventuras. Desde garoto, e também adulto, participa de caçadas e expedições a regiões exóticas. Nos encontros com grandes animais, as feras são sempre eliminadas por seus tiros certeiros. Enquanto seus pais percorrem o mundo à sua procura, Max e Mr. Greener viajam pela Índia, onde se juntam ao Dr. Cavelot, um médico francês, e ao rico rajá Brog. Um faquir presenteia Max com um espelho mágico através do qual ele pode ver o futuro e visualizar cenas à distância. Graças ao espelho, Max descobre o paradeiro de seus pais e, com seus amigos, viaja de dirigível a Londres, para encontrá-los; a família passa então a viver na mansão do inglês. O tempo passa, e Max, já adulto, volta a explorar o mundo com Mr. Greener: África (onde se juntam a ele o velho domador de elefantes Tio Ignácio, que fora escravo no Brasil, e o cão Brutus), o Ártico (também com o Dr. Cavelot e Laport, comandante de dirigível) e os Mares do Sul (onde enfrentam Ali Kate, um pirata turco). Entre uma aventura e outra, Max é desejado por duas belas moças, Olga e Miss Browning, que chegam a duelar por ele! Max, embora nacionalista, nunca voltou ao Brasil, e na I Guerra Mundial decide lutar pelo Império Alemão. Seus alvos passarão de animais para seres humanos.
Bibliografia:
Cardoso, Athos Eichler. MAX MULLER - PRIMEIRO HERÓI DE AVENTURA DOS QUADRINHOS DO SÉCULO XX - Trabalho apresentado no Núcleo de História em Quadrinhos, XXVI Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Belo Horizonte/MG, 02 a 06 de setembro de 2003 (disponível em http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/34005210052258607609326468431048880047.pdf )
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Adicionado por
Daniel Daudt Sagebin
em 29/01/2015 17:23:00
Editado por
Hyju
,
Francisco Dourado
,
Daniel Daudt Sagebin
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