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Vertigo: Além do Limiar


Luluzinha



Nome: Lulu Palhares
 Nome original: Little Lulu (Lulu Moppet)
 Licenciador: Classic Media
 País de origem: Estados Unidos da América
 Criado por: Marge

Lista de revistas com participação de Luluzinha
Luluzinha veio ao mundo em 23 de fevereiro de 1935, sob a forma de cartuns semanais na revista “Saturday Evening Post”, que procurava outra atração para substituir “Henry” (Pinduca), cujo passe tinha sido comprado pelo King Features. A fórmula era a mesma: estripulias de uma criança travessa contadas em uma “gag” sem texto. A autora, Marjorie Henderson, preferiu focar a série em uma menina, e não um menino. O sucesso foi imeditado e “Little Lulu” ganhou milhões de fãs, tornando Marge famosa de uma hora para outra. Lulu ganharia um amiguinho, Bolinha, e as piadas se expandiram de um simples cartum para dois ou três quadros.

Marge continuou desenhando a série durante quase 10 anos, parando em 1944 para se dedicar a ser mãe em tempo integral. A partir daí, sua participação seria apenas supervisionar o licenciamento de seus personagens, que já tinham extrapolado as páginas do “Post”: Lulu começou a ser usada como garota-propaganda dos lenços de papel Kleener e em alguns anúncios da Pepsi-Cola, e os cartuns originais já eram compilados em livros. Mas o grande salto veio quando a Paramount Pictures, que procurava uma nova atração para substituir a série animada do Superman, fez um acordo com Marge para transformar Luluzinha em desenhos animados. Foram produzidos 26 curtas entre 1943-47. O primeiro, “Eggs don't bounce”, foi exibido nos cinemas a partir de 24 de dezembro de 1943. Lulu até ganhou uma música-tema, composta por Buddy Kaye, Fred Wise e Sidney Lippman, que virou mania nacional.

Luluzinha em quadrinhos mesmo apareceu em 1945, na Western Printing, braço editorial da Dell Comics, através da revista “Four Color”, que a publicou em de10 números exclusivos (74, 97, 110, 115, 120, 131, 139, 146, 158 e 165), até 1947. Em 1948, recebeu revista própria — “Marge's Little Lulu” — que foi publicada regularmente nos EUA até 1984 (até o nº 268). Marge produzia exclusivamente charges. As HQs foram escritas por John Stanley (1914-1993), que iniciou fazendo também os desenhos, mas logo se limitou a esboços entregues a outros desenhistas (principalmente Irving Tripp). Stanley acrescentou personagens coadjuvantes (todos, exceto o Bolinha) e criou todo o universo conhecido da HQ. Talvez tenha sido Harvey Pekar quem melhor descreveu as historietas de “Lulu”: “Simples o bastante para a garotada se divertir, porém adequadamente brilhante para arrancar gargalhadas dos adultos. É um dos quadrinhos mais subestimados da história”.

Em 1962, a parceria entre as editoras Western e Dell se encerrou. Lulu começou a sair pelo selo Gold Key, pertecente à Western. Em 1972, quando resolve se aposentar, Marge aceitou uma oferta da Western e vendeu a totalidade dos direitos para a editora, que continuou explorando comercialmente a personagem. A partir daí seu nome sumiu das linhas de copyright e das capas: o título da revista agora era apenas “Little Lulu”, e não mais “Marge's Little Lulu”. A Western, que já usava o selo Whitman, não mais Gold Key, encerrou as atividades em 1984. Suas propriedades foram compradas por outras empresas. Hoje, Lulu pertence à DreamWorks Classics, que incorporou a Classic Media, que até 2012 era a proprietária de nossa heroína e inúmeros outros personagens.

No Brasil, a revista “Luluzinha” teve 207 números publicados de 1955-72 pela Cruzeiro, além de um álbum em 1957 e quatro “Almanaque Luluzinha e Bolinha”; e 222 números publicados de 1974 a 1993 pela Abril, que também publicou oito “Almanaque Lulu e Bolinha”, oito “As Melhores Histórias de Luluzinha” e 13 edições especiais “Lulu e Bolinha”, das quais seis até 1995, após o encerramento da série “Luluzinha”. Em 2006, a Devir iniciou a republicação em álbuns de todas as primeiras histórias Lulu desde 1945. E em 2009 veio “Luluzinha Teen e Sua Turma”, criada pela Pixel/Ediouro.

Além dos desenhos da Paramount, foram feitas mais duas série animadas próprias para TV: uma em 1976 e outra em 1995.

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