Kid Colt

Nome: Blaine Colt
Nome original: Kid Colt
Licenciador: Marvel Comics
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: Pete Tumlinson

Lista de revistas com participação de Kid Colt

Primeira aparição no:

País de origem

Brasil

Esse cowboy americano da Marvel Comics também ficou conhecido no Brasil por diversos nomes. “O Globo Juvenil” (na fase pré-RGE), por exemplo, se referia a ele como “Kid Veloz”. A Ebal e o jornal carioca “Última Hora” intercambiavam o material americano e o publicacam com o nome de “Kid Máuser”. Nas editoras Gorrion e Roval era chamado de “Texas Kid” (que, a rigor, era o nome no Brasil de outro cowboy, “Tex Willer”). Na La Selva era chamado tanto pelo nome original americano quanto de “Bill Kid” ou “Kid Blake”.

Kid Colt foi um dos muitos cowboys de gibi que surgiram com a febre do western, ocorrida no pós-Guerra. Apareceu em 1948, quando a maioria dos super-heróis urbanos havia desaparecido e começava o “boom” do western nos gibis americanos.

Os “comic books” (os populares gibis americanos) do gênero bang-bang existiam desde 1937 (“Western pictures stories” e “Star ranger”), mas eram caricatos, quase cômicos. Os gibis realistas (com desenho sério) só começariam em 1940, timidamente com “Tom Mix” e “Red Ryder”. Só oito anos depois que o gênero chegou pra valer. A explicação para o pipocamento dos cowboys foi o advento da televisão e a popularidade das séries de faroeste. Todas as editoras lançaram sua linha de mocinhos. A editora Timely/Atlas, por exemplo, se especializou em cowboys com o nome Kid: Texas Kid, Two-Gun Kid, Rawhide Kid, Outlaw Kid etc.

Kid Colt era um cowboy da Atlas (antiga Timely e, hoje, Marvel). Era um rapaz louro e boa pinta que vestia uma camisa vermelha, jeans e colete de couro cru. Carregava dois Colt .45s no cinto. Apesar de considerado fora-da-lei, era, na verdade, um campeão da justiça. Numa das HQs, um xerife, com a sabedoria de seus cabelos grisalhos, explica: “O Kid é um fora-da-lei apenas porque algum bandolero matou seu pai! Ele saiu atrás do assassino e foi à forra! Desde então ele tem cavalgado sozinho! Alguns o chamam de ‘outlaw’, mas muitas vezes ele tem sido um amigo dos homens da lei!”. Outro xerife, Sam Hawke, conhecido como “O Caçador de Homens”, mesmo determinado a prender o foragido, reconhecia: “Ele pode ser meu prisioneiro, mas é um dos homens mais honrados que já conheci!”.

Apesar de ter a simpatia de alguns, Kid Colt era incompreendido pela maioria, sendo, por isso, caçado como um animal por todo o Oeste, fugindo, se escondendo, sem tempo para descansar. Mesmo chegando a uma lugarejo o mais discretamente possível, procurando não dar bandeira e se escondendo nas sombras, era logo reconhecido por um dedo-duro, que tratava logo de dar o alarme: “Olhem! É Kid Colt!”. Era o bastante para todos correrem apavorados, enquanto que o xerife local tratava de prendê-lo, sem sucesso, claro. Muitas cidades queriam prendê-lo para ganhar fama e conseguir investimentos locais, por isso, muitos cidadãos hipócritas ajudavam na caçada a Kid Colt. Nas situações de perigo, Kid tinha um às na manga, o cavalo cinzento Steel, tão rápido na fuga que fazia os demais parecerem pangarés. Quando Kid tinha de fugir de algum xerife, podia contar com seu fiel Steel que, cavalgando como um raio, deixava seus perseguidores para trás.

Os quatro primeiros números de Kid foram intitulados “Kid Colt, hero of the west” (Kid Colt, herói do Oeste). De fato, logo na capa do primeiro número, dava a entender que o protagonista era considerado um herói por todos, já que ali até recebia a ajuda de um xerife local enquanto enfrentava os “bad guys” num “sallon”. “Aguente firme, Kid!”, avisava o homem da Lei. “Já estou indo te ajudar”. Mas, apesar da capa, Kid era definitivamente um fora-da-lei, e o título recebeu então um nome mais apropriado, “Kid Colt, outlaw” (Kid Colt, fora-da-lei).

O gibi de Kid Colt foi cancelado em abril de 1979 no número 229.

- Antônio Luiz Ribeiro

Notas e fontes
- www.toonopedia.com/kidcolt.htm

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Adicionado por
silvio lima
em 16/06/2007 13:35:00

Editado por Antônio Luiz Ribeiro, Erico Molero, Edson Diogo, Amilton José de Oliveira | Ver outras contribuições