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Homem-Mosca
Nome:
Thomas "Tommy" Troy
Nome original:
Fly/fly-Man
Licenciador:
sem licenciador
Criado por:
Jack Kirby
,
Joe Simon
Lista de revistas com participação de Homem-Mosca
Primeira aparição no:
País de origem
Brasil
(acima, o herói desenhado por Joe Simon em 1959)
Super-herói dos mesmos criadores do "Capitão América". Homem-Mosca era uma mistura de "Capitão Marvel" com "Cinderela". Na trama, o garoto órfão Tommy Troy acha um anel mágico. Quando ele o manuseia e diz "Eu quero ser o Mosca", se transforma num adulto com todos os poderes do mundo dos insetos.
De acordo com Joe Simon, as raízes do personagem datam de meados dos anos 50, quando ele e o escritor Jack Oleck tiveram a idéia de um "Silver Spider" (Aranha Prateada). Os dois teriam levado o conceito a um velho parceiro, C. C. Beck (um dos criadores do "Capitão Marvel") e, juntos, os três criaram um personagem que primeiro foi chamado de "Spiderman" e, depois, "Silver Spider". A nova figura teria sido oferecida à editora Harvey Comics (a editora do "Gasparzinho"), que a recusara. Anos depois, no final dos anos 50, quando Simon voltou a trabalhar com Kirby, apresentou ao amigo o antigo material do "Silver Spider". A dupla então o transformou num novo personagem, "O Homem-Mosca" ("The Fly") e ofereceu à editora Archie (antiga MLJ), que estava atrás de novos personagens.
Assim, com um novo visual e nome mudado, o ex-Silver Spider, agora Homem-Mosca, fez sua estréia em 1959. Simon e Kirby, no entanto, só produziram os quatro primeiros números (o restante foi feito pelo "staff" da Archie).
Mais tarde, Kirby usou o conceito do Homem-Mosca para criar um novo herói, o "Homem-Aranha" (1962), desta vez para a editora Marvel. Mas o editor daquela editora, Stan Lee, alertado por Steve Ditko de que aquele Homem-Aranha era muito parecido com o Mosca, rejeitou os esboços de Kirby. Stan entregou o projeto do Aranha para Ditko que, através de uma sinopse ("plot") de Lee, concebeu o famoso aracnídeo como conhecemos hoje.
Em 1965, houve uma mudança no Homem-Mosca. Procurando capitalizar o sucesso do "Homem-Aranha" e de outros heróis da Marvel, a Archie contratou Jerry Siegel (um dos criadores do Superman) para imitar o estilo da concorrente. A idéia era o Mosca participar das revistas dos outros heróis da Archie e vice-versa, formando assim um universo coeso de super-heróis da editora (batizado como "The Mighty Crusaders"). Para a tarefa, Siegel contou com os com desenhos de Paul Reinman (ex-desenhista da Marvel), Mike Sekowsky e outros. Como resultado, o nome original do Homem-Mosca foi mudado de "The Fly" para "Fly-Man" (como "Spider-Man") que, a rigor, era o nome de um antigo super-herói da Harvey, de 1941. Mas, no ano seguinte, 1966, com a estréia da série de TV "Batman", os heróis da Archie começaram a seguir também aquele estilo "camp" do programa. A experiência acabou não dando certo e a linha dos "Poderosos Crusados" foi cancelada dois anos depois, em 1967.
À partir de 1983, a Archie fez tentativas de trazer seus super-heróis de volta, mas falhou de novo. Em 1991, ela resolveu licenciar o Homem-Mosca e outros de seus aventureiros uniformizados para a DC (editora de Superman e Batman) que, sob o selo "Impact", apresentou os heróis com uma nova roupagem. Os leitores torceram o nariz e a nova empreitada foi logo cancelada, com os direitos autorais retornando para a Archie, que, a esta altura, estava convencida, afinal, que o que ela fazia de melhor era mesmo aqueles gibis de humor adolescente, com Archibaldo (Archie) e sua turma.
No Brasil, o Mosca era publicado pela La Selva. Quando o material americano ficou escasso, o desenhista Gedeone Malagola foi convocado pela editora para roteirizar novas histórias, com arte de Luiz Rodrigues. Apesar dos novos desenhos deixarem a desejar, a revista brasileira durou 30 números, em 1966.
Na década de 1990, Simon obteve os direitos do personagem e no século XXI, licenciou para a editora francesa Organic Comix, que publicou novas histórias na revista Strange.
- Antônio Luiz Ribeiro
Notas e fontes —
"The Comic Book Reader's Companion", de Ron Goulart, 1993, pág. 153;
"Strange & stranger — The world of Steve Ditko", de Blake Bell;
"Historieta" no. 5 (1982), entre outras.
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Adicionado por
antônio Luiz Ribeiro
em 04/01/2008 22:05:00
Editado por
Hyju
,
WCS
,
Antônio Luiz Ribeiro
,
zurgk
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