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Hermann Von Helmholtz



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Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz [1821-1894] foi um matemático, médico e físico alemão. Devotou sua vida à ciência e, segundo a Enciclopédia Britannica de 1911, foi considerado um dos homens mais relevantes do século XIX. Helmholtz era filho do chefe do ginásio de Potsdam, Ferdinand Helmholtz, o qual tinha estudado filologia e filosofia e era um amigo próximo do filósofo Immanuel Hermann Fichte, filho de Johann Gottlieb Fichte. O trabalho de Helmholtz seria profundamente influenciado pela filosofia de Fichte e de Kant. Ele tentou encontrar provas empíricas das suas teorias, tal como na fisiologia.

Enquanto o jovem Helmholtz estava interessado na ciência natural, seu pai queria que ele estudasse medicina na Charité, pois naquela ocasião havia ajuda financeira para os estudantes de medicina. Helmholtz escreveu sobre assuntos diversos, desde a idade da terra até a formação do sistema solar. Na fisiologia e na psicologia fisiológica, contribuiu com teorias da visão, da percepção visual, percepção espacial, visão a cores, sensação de tom sonoro, percepção do som, etc. Em 1847, publicou a monografia Über die Erhaltung der Kraft, sobre a Conservação da Força, que se tornou clássica e o consagrou. Esta foi escrita no contexto de seus estudos de medicina, conhecimentos filosóficos e com base nos princípios matemáticos e físicos por trás da conservação da energia.

Essa teoria foi apresentada com uma rigorosa formulação matemática e demonstrou-se aplicável tanto aos fenômenos elétricos e eletromagnéticos quanto aos choques dos corpos inelásticos e no corpo humano. Helmholtz descobriu o princípio da conservação de energia enquanto estudava o metabolismo muscular. Tentou provar que a energia não é perdida nos músculos em movimento, porque isso também significa que não existem “forças vitais” para mover um músculo. Ele mostrou que a hipótese de que o trabalho não pode ser produzido a partir do nada leva então a conservação de energia cinética. Helmholtz demonstrou que em várias situações em que a energia parecia ser perdida, na verdade era convertida em energia térmica.

Isso acontece em colisões, os gases em expansão, contração muscular e outras. O conteúdo é designado pelo teorema das forças vivas, interpretado como a constância da soma da variação das vis viva e da “soma de tensões”, logo, como a constância da soma da energia cinética e energia potencial em todos os processos físicos. Ao generalizar para um sistema com um número qualquer de pontos materiais obteve o princípio de conservação de energia. Suas principais contribuições relacionadas à visão foram a invenção do “oftalmoscópio”, em 1850, e o desenvolvimento da teoria tricromática de Thomas Young. Helmholtz criou o oftalmoscópio para uma observação mais “profunda” do olho humano.

Na oftalmoscopia direta, através da pupila, é possível observar a mácula lútea, retina e os vasos sanguíneos, além de poder analisar a saúde da retina e do humor aquoso. Este aparelho consistia em três placas planas de cristal em um equipamento banhado em prata para melhor iluminação do olho, mas, no decorrer de anos o aparelho foi incrementado e aperfeiçoado. Hermann também aperfeiçoou a teoria tricromática de Thomas Young, a qual explica que o olho humano possui três receptores, cada qual mais sensível a um comprimento de onda, que representam as cores primárias: azul, vermelho e verde. Quando o olho é exposto a uma certa frequência de onda, cada receptor reage numa intensidade, e o cérebro interpreta como uma mistura das cores primárias, o que resulta na cor secundária vista pelo observador.

Em 1852, respondeu a um desafio feito por seu orientador, Johannes Peter Müller, no qual von Helmholtz propôs uma forma de medição da “velocidade do pensamento”. Ao estimular um nervo em pontos diferentes, mediu a diferença de tempo entre o estímulo e a contração do músculo ligado a ele. Tal medição foi de grande importância e contribuiu para aprofundar os estudos na área de Bioeletricidade, pois, pela primeira vez, um fenômeno imaterial e etéreo como uma transmissão nervosa – antes era tratada como manifestação espiritual ou da alma – foi precisamente mensurado através da ajuda de instrumentos físicos. Sabia-se na época que a velocidade de um impulso nervoso dependia da espessura do nervo.

Quanto mais espesso, mais rápida seria a propagação do impulso. Ela dependia também da presença ou da ausência de uma camada de material gorduroso a isolar o nervo. Dessa forma, ao utilizar-se de uma preparação relativamente simples, Helmholtz foi capaz de medir a velocidade de impulsos nervosos ao estimular o nervo motor e o músculo correspondente na perna de uma rã, cujo intervalo entre a estimulação e as respostas era de aproximadamente 27 m/s.

Hermann Von Helmholtz



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 15/12/2008 17:33:00
    Editado por Fabio Garcez