Vertigo: Além do Limiar


Harry, O Rei da Sorte



Nome original: Hairbreadth Harry
Licenciador: Aurora
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: C. W. Kahles

Lista de revistas com participação de Harry, O Rei da Sorte

Uma bela heroína em perigo… Um vilão bigodudo e de preto … Um herói forte e destemido… Muitas risadas… Essas descrições poderiam muito bem descrever uma série de desenhos animados, de “Dudley Do-Right” a “Super Mouse” (“Possante”). Mas o primeiro a usar aquele estilo foi “Hairbreadth Harry” (Rei da Sorte, no Brasil), uma criação do cartunista Charles William Kahles.

Harry apareceu pela primeira vez em 21 de outubro de 1906, na página dominical do “Press” da Filadélfia, com o título “Our hero's Hairbreath escapes”. Em janeiro do ano seguinte a palavra “hairbreadth” foi corrigida, e o título se tornou “Hairbreadth Harry, the Boy Hero”. No início, Harry (cujo nome completo era Harold Hollingsworth) era, como sugeria o título, um mero rapaz. Mas, antecipando o personagem Skeezix de “Gasoline Alley”, Harry acabou crescendo. Ao contrário de Skeezix, no entanto, Harry parou de envelhecer quando se tornou adulto.

Harry teve incentivo para crescer em 21 de setembro de 1907, com a introdução na série de Belinda Blinks, a mocinha da série. Completando o elenco da série estava o vilão Relentless Rudolph Ruddigore Rassendale, que estreiou em 3 de março. Juntos, os três passaram por paródias engraçadas e criativas dos velhos melodramas dos séculos 18 e 19, com direito a hipotecas, serrarias e trilhos de trem.

As primeiras páginas dominicais da série tinham aventuras completas, independentes umas das outras. Alguns meses depois, no entanto, Kahles (também criador de “Clarence the Cop”) já escrevia histórias mais elaboradas, que continuavam semanalmente. Logo o autor descobriu o valor do suspense, terminando cada episódio com um “cliffhanger” (gancho). “Hairbreadth Harry” se tornou uma das historietas mais populares de sua época, sendo distribuída nacionalmente pelo “Press”.

Harry , Belinda e Rudolph continuaram seu triângulo disfuncional durante anos. Em 1915 o “Press” fechou sua seção de distribuição, fazendo com que a série chegasse a uma conclusão abrupta, com Harry e Belinda se casando em 27 de junho daquele ano. Mas sete meses depois, Harry voltou aos jornais, agora sob a batuta do distribuidor McClure (o mesmo que distribuía as tiras de “Superman”). Kahles desfez o casamento dos protagonista e tudo voltou como era antes. Harry mudou de casa novamente em 1923, agora sendo distribuído pelo The Ledger, que, além da página dominical, adicionou paralelamente uma tira diária.

Naquela época, Harry acabou sendo adaptado para o cinema mudo. Earl McCarthy interpretou Harry, com John Richardson como Rudolph. Kahles morreu em 1931, e a historieta foi assumida por F.O. Alexander. Este continuou com o estilo caricatural da HQ, mas depois, seguinte orientação do The Ledger, a tornou um pouco mais séria. Harry e Belinda se casaram novamente e tiveram um filho. Quando Alexander deixou a série, em 1939, esta se tornou mais realista ainda. O problema é que os próprios personagens, devido à natureza deles, não se adaptaram bem àquele estilo sério, e a tira foi cancelada em 1940. O Ledger tentou reviver a obra em 1967, mas a nova versão não durou muito.





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  • Antônio Luiz Ribeiro
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    Antônio Luiz Ribeiro
    em 05/10/2014 14:30:00
    Editado por Antônio Luiz Ribeiro