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Georges Jacques Danton



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Georges Jacques Danton

Georges Jacques Danton nasceu em uma família da pequena burguesia, filho do advogado Jacques Danton e de sua mulher, Marie-Madeleine Camus. Após estudar no seminário de Troyes, recusou a carreira eclesiástica e partiu para Paris, onde trabalhou em um gabinete de advocacia. Após seis meses na faculdade de Reims, comprou uma licença em direito em 1784. Exerceu a profissão em Paris, onde preferia frequentar os cafés e se cercar de muitos amigos. O casamento com Antoinette Charpentier, filha de um rico parisiense, permitiu que obtivesse um cargo de advogado no Conselho do Rei em 1787. Dois anos depois, começou a participar, junto com Marat e Camille Desmoulins, de reuniões no distrito de Cordeliers, de onde saíram os líderes dos “sans-culotte”, a camada da população composta por artesãos, aprendizes e proletários.

Graças as suas qualidades de orador, tornou-se presidente dos “cordeliers”. O seu talento oratório se exprimia com frases violentas, mas era indulgente e se considerava discípulo dos filósofos iluministas, mesmo sem ter lido muitas de suas obras. Não via como conspiradores todos os que não pensassem como ele. Em 1791, no decorrer do processo revolucionário iniciado em 1789, apoiou os jacobinos que queriam a substituição de Luis XVI por Philippe d'Orleans, enquanto os “cordeliers” exigiam a abdicação do Rei. Após o fuzilamento de manifestantes republicanos no Campo de Marte, em julho daquele ano, Danton se refugiou um tempo na Inglaterra. No seu retorno, no mês de novembro, substituiu o procurador da Comuna de Paris, com a ajuda do tribunal que praticava, então, a política do Terror. Foi nomeado Ministro da Justiça.

Depois, deixou o cargo para assumir o de deputado de Paris, em oposição a Robespierre, não pelas convicções, mas pelo estilo que não compartilhavam. Em setembro de 1792, frente à ameaça de uma invasão prussiana, o clima de traição e de desconfiança envenenou a todos. O povo, em um ato descontrolado, invadiu as prisões cheias de defensores da nobreza e matou os prisioneiros a golpes de pau, espada e foice. O episódio ficou conhecido como “os massacres de setembro”. Temeroso da repetição de atos brutais, Danton participou da criação do Tribunal Revolucionário. O paradoxo da Revolução persistia: ao mesmo tempo em que ela não poupava sangue, multiplicavam-se os decretos pelos direitos gerais da cidadania. Danton entrou no Comitê de Salvação Pública, órgão executivo da República, responsável pela política estrangeira e por assuntos militares.

Rapidamente, emergiram os problemas. Mesmo os jacobinos o acusaram de defender interesses próprios. Robespierre tomou a frente do Comitê. Danton defendeu as reivindicações dos “sans-cullotes” e apoiou a criação do exército revolucionário. Devido às suas posições, pediu licença em outubro de 1793 e retirou-se para Arcis-sur-Aube. Retornou em novembro, perdeu seu lugar no grupo dos “cordeliers” para seu antigo amigo Hebert, o qual espalhava ideias socialistas. Criou o movimento dos indulgentes, repeliu a violência antirreligiosa e desaconselhou a execução de Maria Antonieta.

A ruptura dos dantonistas com os jacobinos foi consumada no fim de 1793, período durante o qual Robespierre tentou manter o equilíbrio político do seu governo. Em decorrência das medidas tomadas por Robespierre, Danton se encontrava isolado e foi acusado de ser um inimigo da República. Ele foi julgado pelo tribunal revolucionário a partir de um ato de acusação preparado por Saint-Just. Defendeu-se com tanta eloquência que a Convenção demorou a fechar os debates. Entretanto, foi condenado e guilhotinado em cinco de Abril de 1794 em companhia de Camille Desmoulins.


FONTE:
https://educacao.uol.com.br/biografias/georges-jacques-danton.htm

Georges Jacques Danton



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  • zurgk
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    zurgk
    em 14/03/2012 14:03:00