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Ferdinando
Nome:
Ferdinando Buscapé
Nome original:
Li'l Abner
Licenciador:
United Feature Syndicate
País de origem:
Estados Unidos da América
Criado por:
Al Capp
Lista de revistas com participação de Ferdinando
O hilário e ingênuo Ferdinando é um "hillbilly" (ou seja, um montanhês matuto e ignorante) de 19 anos que vive no fictício e miserável lugarejo de Brejo Seco, nas montanhas do Kentucky. Suas histórias são caracterizadas pelos desenhos "simplificantes, doidos e delirantes" e por situações absurdas.
Ferdinando apareceu pela primeira vez nos jornais americanos em 20 de agosto de 1934, em forma de tiras diárias, e logo se transformou num sucesso absoluto, que se estendeu por cerca de 30 anos consecutivos. As histórias mostravam as desventuras de Ferdinando (sua ingenuidade geralmente servia de ponto de partida para as tramas) ao lado da mãe e do pai, Chulipa e Lúcifer Buscapé. Sua namorada era Violeta Scragg que, depois de 18 anos de investidas amorosas conseguiu "fisgar" o arisco amado no Dia de Maria Cebola ( folclórico feriado local onde toda solteirona perseguia rapazes igualmente solteiros), tornando-se a sra. Buscapé. Ferdinando falava com um sotaque tipicamente caipira, mas esse sotaque não era traduzido no Brasil. Ou seja, entre nós, nosso herói falava gramaticamente perfeito. De certa forma, havia um consenso entre as editoras brasileiras para acertar a fala de Ferdinando e de todos os personagens que tinham algum sotaque, para evitar a acusação de professores e educadores de que os quadrinhos estavam deseducando.
Outros personagens da tira eram Dulçura Suíno, sempre porcalhona, os Scraggs (da família da Violeta); Gambá Solitário, descendente de uma tribo de índios que vivia no local, há 200 anos, e seu amigo Joe cabeleira; Joe Bflspk; João Magriço, irmão desaparecido de Ferdinando; Joe Míope; Samuel Casamenteiro; e Salomé, a porquinha de estimação do nossoi herói, remanescente da raça de "hammus alabammus").
O sucesso de "Ferdinando" era tal que ele virou capa das revista "Life" e "Time", ganhou suas páginas dominicais (a partir de 24 de fevereiro 1935) e, claro, uma série de imitações, como "Zé Mulambo" (do próprio Capp). Para se ter uma idéia da importância de "Ferdinando", foi esse personagem que ajudou o "Gibi" de Roberto Marinho a se tornar um dos grandes sucessos da época (as outras historietas que acompanhavam "Ferdinando" no "Gibi" eram "Cesar e Tubinho" de Roy Crane, "Bronco Piler" de Fred Harman, "Charlie Chan" de Alfred Andriola, "Histórias da Bíblia" de Dan Smith, "Jack do Espaço" de Zack Mosley, "Barney Baxter" de Frank Miller, "Brucutu" e outras).
Em 1942 surgiu o detetive Joe Cometa, um personagem a la "Dick Tracy" e cujas historietas Ferdinando acompanhava com entusiasmo. Ferdinando idolatrava Joe, e quando este se casou, dez anos depois, nosso herói também deixou-se fisgar por Violeta. Só que, para azar do bom matuto, o casamento do seu herói não passava de um sonho, enquanto que o dele era bem real. Da união do casal, nasceu Joãozinho Honesto.
“Ferdinando” também chegou à Broadway, num musical de 1956. Houve também filmes e desenhos animados.
As tiras diárias (em preto-e-branco) também foram publicadas em jornais brasileiros. “O Globo”, do Rio de Janeiro, por exemplo, lançou essas tiras entre os anos 40 e 70. Ainda nos anos 70, aquele jornal imprimiu as dominicais em cores, no suplemento “Globinho Supercolorido”, com grande destaque — entre junho e novembro de 1974, por exemplo, “Ferdinando” era a HQ da capa (já em dezembro de 1976, as dominicais eram publicadas nas páginas interiores).
Em 1977, Capp, cansado, deixou de produzir “Ferdinando”, morrendo dois anos depois.
Notas e fontes —
http://www.gocomics.com/lil-abner/1934/08/19
http://www.ebay.com/itm/al-capp-LI-039-L-ABNER-completa-1-9-comic-art-daily-strips-CPL-1934-1941-yellow-kid-/370695669152
http://www.comicartclub.com/perso/lilabner/sgca.htm
Relate algum problema encontrado nesse personagem
Adicionado por
antônio Luiz Ribeiro
em 19/09/2007 05:04:00
Editado por
Antônio Luiz Ribeiro
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alribeb@gmail.com
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Edson Diogo
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Amilton José de Oliveira
,
antônio Luiz Ribeiro
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