Vertigo: Além do Limiar


Fantastic



Licenciador: sem licenciador
Criado por: Luiz Merí Quevedo - ‘Luís Merí’, Osvaldo Talo

Lista de revistas com participação de Fantastic

Em 1966, a editora Taika lançou um novo herói, de nome excêntrico e com um uniforme idem, azul e cheio de rebites pretos. Seu nome era Fantastic, criação de dois argentinos radicados no Brasil: o desenhista Osvaldo Talo e o roteirista Luis Meri. A dupla criou o personagem sob encomenda para o editor Renê Figueiredo, que pediu para Talo criar uma figura com o mesmo visual do super-herói italiano Misterix, que fazia sucesso na Argentina. (*)

As forças da lei não sabiam quem ele era, mas sabiam que precisavam dele. Na verdade, Fantastic estava mais para um agente secreto exótico do que para super-herói. A influência maior, claro, era os filmes de espionagem da época, em particular, os de James Bond. Fantastic tinha o apoio das Forças Armadas brasileiras e da Interpol e, assim como 007, volta e meia estava envolvido em aventuras repletas de organizações internacionais sinistras, agentes comunas, cientistas atômicos, iates luxuosos e belas garotas.

Fantastic não tinha poderes, contava apenas com seus punhos, inteligência e sentidos aguçados. Sua única arma era um cinturão atômico capaz de pulverizar os bandidos e torná-lo invulnerável. Volta e meia, se valia de uma automática, mas o “quente” mesmo era o cinturão.

A série era muito bem desenhada, como a maioria de Talo. Seu traço era claro, bonito, com uso competente das angulações e do claro-escuro. Mas se por um lado Fantastic era uma HQ atraente, por outro pecava pelos diálogos pobres e repletos de clichês. Talvez por isso não tenha durado muito.

- Antônio Luiz Ribeiro



Fonte:
* "Mundo dos Super-Heróis" 19, pág. 88.

Fantastic



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