Vertigo: Além do Limiar


Emílio Garrastazu Médici



Licenciador: Personagem Real


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Emílio Garrastazu Médici [1905-1985] foi o 28º Presidente do Brasil, o terceiro do período da ditadura militar brasileira, de 1969 a 1974. Participou da Revolução de 1930 liderada por Getúlio Vargas. Em sua carreira militar, atingiu o posto de General de exército. Durante o seu governo, o país viveu o chamado “Milagre Brasileiro”, caracterizado pelo falso crescimento de 55,84% do PIB (média de 11,16%) e 42,15% da renda per capita (média de 8,43%), mas com a dívida externa triplicada devido ao aumento da concentração de renda. Médici assumiu com a inflação em 19,31% e entregou a 15,54%. Entretanto, deve-se considerar que o aumento da taxa de crescimento deste período ocorreu por causa do aumento do total de investimento estrangeiro e de um amplo programa de investimentos do Estado, através da aplicação de fundos de instituições internacionais de crédito.

Este último fator provocou uma elevação drástica na dívida externa, que de um total de 3,9 bilhões de dólares em 1968 saltou para mais de 12,5 bilhões de dólares em 1973. No seu governo concluíram-se também projetos desenvolvimentistas como o Plano de Integração Nacional (PIN), o qual permitiu a construção das rodovias Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói, entre outras, além de grandes incentivos fiscais à indústria e à agricultura, o PIS/PASEP e o acordo com o Paraguai para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, até hoje a hidrelétrica de maior produtividade no mundo. Ao longo do governo de Médici, a ditadura militar atingiu seu pleno auge, com controle das poucas atividades políticas toleradas, a repressão e a censura às instituições civis foram reforçadas e quaisquer manifestações contrárias ao sistema foram severamente proibidas.

Foi um período marcado pelo uso sistemático de meios violentos como a tortura e o assassinato. Seu período na presidência ficou conhecido historicamente como os “Anos de Chumbo”. Por causa disso, em 2015, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revogou o título de Doutor Honoris Causa o qual havia sido concedido a ele em 1972. Ao final do seu mandato como presidente, Médici abandonou a vida pública.

Declarou-se contrário à anistia política, assinada pelo então presidente João Figueiredo (o qual havia sido chefe da Casa Militar durante seu governo), por considera-la “prematura”. Foi sucedido, em 15 de março de 1974, pelo general Ernesto Geisel. Médici morreu em nove de outubro de 1985, aos 79 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de insuficiência renal aguda e respiratória, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Em%C3%ADlio_Garrastazu_M%C3%A9dici

Emílio Garrastazu Médici



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