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Duarte Coelho Pereira
Licenciador:
Personagem Real
Lista de revistas com participação de Duarte Coelho Pereira
Duarte Coelho Pereira [1485-1554] foi o primeiro capitão-donatário da Capitania de Pernambuco e fundador de Olinda. Era filho bastardo da antiga família dos Coelhos, da nobreza agrária do Entre-Douro e Minho. Sem ter um lar organizado, foi criado por uma tia materna a qual era Prioresa do Mosteiro de Vila Nova de Gaia. Seu pai era Gonçalo Coelho, navegador e explorador o qual comandou as expedições portuguesas que partiram para o Brasil em 1501 e 1503, ambas confiadas a Américo Vespúcio, a última na companhia do então jovem Duarte Coelho. Sua mãe era Catarina Anes Duarte, uma plebeia. Em 1506, seguiu para a Índia na armada de D. Fernando Coutinho. Entre 1516 e 1517 foi Embaixador no Sião e visitou a China. Em 1521 construiu a Igreja de Nossa Senhora do Oiteiro em Malaca.
Retornou a Portugal em 1527. Em 1531, foi novamente enviado à Índia. Em 1532, recebeu o comando da frota encarregada de afastar os franceses do litoral brasileiro. Por seus serviços recebeu, em 10 de março de 1534, a doação de 60 léguas de costa no Brasil, nos atuais estados de Pernambuco e de Alagoas, a Capitania de Pernambuco, ou Nova Lusitânia. Chegou à Feitoria de Pernambuco – em nove de março de 1535 –, acompanhado da mulher, Brites de Albuquerque, do cunhado, Jerônimo de Albuquerque, e alentada parentela, além de famílias do Norte de Portugal. Vinham tentar a sorte no desenvolvimento da agroindústria canavieira. Desembarcou às margens do Canal de Santa Cruz, onde havia um núcleo de povoamento no Porto dos Marcos.
Avançou até a foz do rio Igarassu, onde fundou a povoação de mesmo nome e travou lutas com os índios. Construiu a Igreja dos Santos Cosme e Damião, a primeira do Brasil, cuja administração da povoação coube a Afonso Gonçalves. Por fim, seguiu para o sul. Com ajuda de Vasco Fernandes de Lucena, o qual ali vivia com os tabajaras, em 1537 elevou à categoria de vila a povoação de Olinda, surgida em 1535 no local da aldeia indígena de Marim dos Caetés. O local era dotado de imensa beleza, sobretudo do alto, com ampla visão do oceano. Diz a lenda que o donatário teria exclamado: “Ó linda situação para fundar uma vila!”. A povoação foi elevada a vila e assim foi chamada, em 12 de março de 1537. A tribo Marim dos caetés era a mais belicosa da região, razão pela qual Duarte Coelho aliou-se a eles.
Escravizou no seu lugar as tribos da região de Sergipe. Conseguida a paz com os índios, restou a preocupação com os franceses, o que levou Duarte Coelho a enviar embarcações ao longo da costa e dar início ao desbravamento do rio São Francisco. Coube-lhe a implantação, de forma sistemática, das bases da indústria do açúcar. Para isso trazia novas técnicas de fabricação do produto, pois o acompanhavam mestres especializados da Ilha da Madeira. Sob a sua orientação, Pernambuco prosperou economicamente, com base em famílias burguesas e da pequena nobreza no Norte de Portugal.
Pelos muitos serviços, foram-lhe concedidas Armas Novas por Carta de D. João III de Portugal de seis de julho de 1545. Desde 1549, o Brasil era administrado por um Governador-Geral. Os donatários passaram a prestar-lhe contas, como representante do Rei. A sede do Governo-Geral era Salvador, Bahia. Em 24 de Novembro de 1550, porém, Duarte Coelho foi isentado da jurisdição do primeiro Governador-Geral Tomé de Sousa. Em 1554, retornou doente a Portugal, onde morreu e legou o comando à Dona Brites.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Coelho
Relate algum problema encontrado nesse personagem
Adicionado por
Antônio Luiz Ribeiro
em 23/09/2010 15:40:00
Editado por
Fabio Garcez
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