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Dona Maria I
Nome:
Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita de Bragança
Licenciador:
Personagem Real
Lista de revistas com participação de Dona Maria I
D. Maria I [1734-1816], apelidada de “a Piedosa” e “a Louca”, foi a Rainha de Portugal e Algarves (1777-1815) e também Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir do final de 1815 até sua morte. Maria foi a primeira a filha de D. José de Bragança [1714-1777], então Príncipe do Brasil, e da Infanta da Espanha, Mariana Vitória de Bourbon [1718-1781]. Quando seu pai subiu ao trono em 1750 como D. José I, D. Maria tornou-se sua herdeira presuntiva e recebeu os títulos tradicionais de Princesa do Brasil e de Duquesa de Bragança. A continuidade dinástica da Casa de Bragança ficou assegurada pelo seu casamento com o tio Pedro de Bragança [1717-1786], o qual subiu ao trono como Pedro III de Portugal.
Seu primeiro ato como rainha – o qual iniciou o período conhecido como a Viradeira – foi o exílio da corte do marquês de Pombal [1699-1782], a quem nunca perdoara pela forma brutal como tratou a família Távora durante o Processo dos Távoras. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa (1789-1799). Era, no entanto, dada à melancolia e ao fervor religioso de natureza impressionável. Seu reinado foi de grande atividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado de comércio assinado com a Prússia em 1789. Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, ao Brasil, ao Cabo Verde e a Moçambique e a fundação de várias instituições, entre elas a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Pública da Corte.
No âmbito da assistência, fundou a Casa Pia de Lisboa e a Academia Real da Marinha, para formação de oficiais da Armada. No dia cinco de janeiro de 1785 promulgou um alvará como qual impôs pesadas restrições à atividade industrial no Brasil. Como por exemplo, proibia a fabricação de tecidos e de outros produtos. Durante seu reinado ocorreu o processo, condenação e execução do alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Mentalmente instável, desde 10 de fevereiro de 1792, foi obrigada a aceitar que o filho tomasse conta dos assuntos de Estado. Para tratá-la, veio de Londres o Dr. Willis, psiquiatra e médico real de Jorge III [1738-1820], enlouquecido em 1788.
Em 1799, sua instabilidade mental se agravou com os lutos pelo seu marido Pedro III (1786) e por seu filho, o príncipe herdeiro José, Duque de Bragança, Príncipe da Beira, Príncipe do Brasil, morto aos 27 anos (1788), em marcha da Revolução Francesa, e a execução do Rei Luís XVI de França na guilhotina. Por isso, João, seu filho e herdeiro – o qual posteriormente se tornou João VI de Portugal –, assumiu a regência. A Família Real Portuguesa transferiu-se para o Brasil devido ao receio de ser deposta, à semelhança do que ocorrera nos países recentemente invadidos pelas tropas francesas. A família real se refugiou no Brasil em novembro de 1807 e deixou Portugal a mercê do invasor.
Quando Napoleão foi derrotado, em 1815, Maria e a família real encontravam-se ainda no Brasil. Dos membros da realeza, porém, foi ela quem se manteve mais calma. D. Maria viveu no Brasil por oito anos, sempre em estado de incapacitação. Ela morreu no Convento do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1816, aos 81 anos. Após as cerimônias fúnebres, seu corpo foi sepultado no Convento da Ajuda, também no Rio. Com sua morte, o Príncipe Regente D. João foi aclamado Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1821, após o retorno da Família Real a Portugal, seus restos mortais foram transladados para Lisboa e sepultados em um mausoléu na Basílica da Estrela, igreja que ela mesma mandou erguer.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_I_de_Portugal
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Adicionado por
zurgk
em 04/07/2013 15:43:00
Editado por
Fabio Garcez
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