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Conde Zambeccari



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Conde Zambeccari

Tito Livio Zambeccari [1802-1862] era filho do Conde Francesco Zambeccari, como o qual demonstrou interesse por estudos científicos e naturalistas. Aos 19 anos, filiou-se às “lojas conspiradoras”, de cunho liberal, possivelmente aos carbonários, os quais pretendiam libertar a Itália. Logo em seguida, foi sentenciado com pena de morte e obrigado a fugir para a Espanha, em 1821. Em 1826, Zambeccari comprou passagem para a América do Sul e desembarcou em Montevidéu, região conflagrada pela Guerra da Cisplatina. Ali, apresentou-se aos uruguaios, os quais lutavam pela independência e contra o Império do Brasil. Em 1829, em Buenos Aires, Zambeccari aliou-se aos unitaristas portenhos (contrários a Rosas e, junto com os italianos que ali residiam, formou uma legião, da qual fora escolhido para ser o comandante, convite que declinou.

Após a derrota de sua facção e ascensão do ditador Rosas ao poder, Zambeccari embarcou para o Rio Grande do Sul, onde tinha amigos que conhecera no período da Guerra da Cisplatina. Chegou ao Rio Grande do Sul em 1831 e, no mesmo ano, prestou serviços científicos à Província de São Pedro do Rio Grande, onde esboçou o mapa mais antigo de Porto Alegre, possivelmente datado de 1833. Trabalhou com a medição de lotes urbanos e ruas da colônia de São Leopoldo e relacionou mais de 1.500 espécies botânicas no seu herbário, provenientes das Missões. Também participou das reuniões do Gabinete de Literatura da Sociedade Continentino e escreveu em vários jornais de cunho liberal da Província, como O Continentino e O Republicano, além de colaborar com O Recopilador Liberal. Tornou-se amigo e assessor daqueles que viriam a ser os líderes da Revolução Farroupilha: Bento Gonçalves, Onofre Pires e Domingos José de Almeida.

Segundo relato de seus contemporâneos, “Zambeccari, Bento Gonçalves, Onofre Pires e José Calvet é que tratavam dos negócios da República Rio-Grandense, sendo Zambeccari a primeira cabeça que planejara a marcha que se deveria seguir mais tarde”. Sua proximidade com Bento Gonçalves era tanta que o chamavam de seu secretário particular ou de secretário sem pasta. Para o historiador Alfredo Varela, o italiano influenciara os manifestos assinados por Bento Gonçalves e, o de 24 de março de 1836, foi de sua autoria. A bandeira da República Rio-Grandense também foi idealizada por Zambeccari, antes mesmo do início da revolução. Ao rebentar o conflito, tornou-se secretário e chefe do estado-maior do general Bento Gonçalves. Com ele foi preso na batalha do Fanfa, em quatro de outubro de 1836, e enviado à Presiganga, navio-prisão ancorado no rio Guaíba, para depois ser transferido para a Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, nunca mais voltou ao Rio Grande.

Na prisão teve sua saúde debilitada, mas manteve seus estudos. Foi deportado, em 1839, após três anos de prisão. Partiu para a Europa e tentou chegar ao seu país, mas se viu barrado por nova ordem de prisão. Dois anos depois, conseguiu autorização para retornar a Bolonha, mas era vigiado pelo governo papal. Participou ainda dos movimentos de 1848, com 1500 homens sob sua liderança, com o auxílio dos quais libertou Módena. Também tomou parte na expedição de Giuseppe Garibaldi e de seus camisas vermelhas, os quais conquistaram o reino das Duas Sicílias. Essa foi sua última participação na vida política. Morreu em dois de dezembro de 1862.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tito_Livio_Zambeccari

Conde Zambeccari



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  • pricardoam
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    pricardoam
    em 24/05/2009 16:20:00