Vertigo: Além do Limiar


Cobra Grande



Nome: Cobra Norato
Nome original: Boiuna
Licenciador: Domínio Público
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Cobra Grande

A lenda da cobra grande, também chamada de "lenda da cobra grande da Amazônia" é muito popular nas regiões norte e nordeste do país.

Esse personagem do folclore brasileiro também é conhecido pelos nomes: Cobra Honorato, Norato ou Boiuna.

Presente no imaginário de muitas pessoas, essa lenda inspirou a criação de diversas músicas, poemas e filmes.

Reza a lenda que essa cobra é gigantesca e seu habitat é as profundezas dos rios ou dos lagos. Seus olhos são luminosos e aterrorizam as pessoas que a encontram.

ORIGEM DA LENDA

A origem da cobra grande é indígena e provavelmente surgiu na região amazônica. Hoje é uma das lendas mais conhecidas entre os habitantes que vivem próximos dos rios, os chamados ribeirinhos.

Acredita-se que a cobra grande foi responsável por criar parte dos rios. Isso porque ao se rastejar ela deixava sulcos gigantescos na terra, que com o tempo, se transformaram em rios caudalosos, como o Amazonas.

A verdade é que na região existem muitas cobras imensas que medem até 10 metros de comprimento e chegam a pesar mais de 200 Kg. Destaca-se a cobra sucuri, também chamada de anaconda, boiaçu e boiuna.

VERSÕES DA LENDA

Dependendo da localidade (Amazônia, Pará, Tocantins, Roraima, etc.), existem diversas versões dessa lenda, as quais foram passadas de geração em geração.

A estória mais comum por trás dessa personagem ameaçadora é da índia de uma tribo amazônica que ficou grávida da cobra Boiuna.

Ela deu à luz a duas crianças gêmeas que nasceram com aparência de cobras. O menino recebeu o nome de Honorato (ou Norato); e a menina, Maria Caninana.

Assustada com a aparência de sua prole, ela decidiu lançar seus "filhos-cobras" no rio.

A diferença entre a personalidade dos irmãos era notória. Ou seja, enquanto Honorato tinha um coração bom e sempre visitava sua mãe, Maria, por sua vez, guardava rancor e nunca foi visitá-la.

Por conta de seu temperamento, Maria sempre estava assustando a população e os animais, ou mesmo naufragando embarcações. Seu irmão, que era o contrário, não gostava nada de suas ações.

Assim, cansado e triste com os atos de sua irmã, ele resolve matá-la para pôr fim ao sofrimento de muitas pessoas.

Algumas versões relatam que em noites de lua cheia Honorato adquiria a forma humana e podia caminhar pela terra. No entanto, quando passava a lua cheia ele voltava para sua vida nos rios.

Acreditava-se que para quebrar o encanto, uma pessoa deveria ferir a cobra na cabeça, além de colocar leite em sua enorme boca. A questão é que com todos que ele falava, não tinham coragem pois se assustavam com a criatura no momento que ele se transformava.

Sem dúvida, ninguém queria enfrentar a cobra grande. Até que um dia, um soldado muito corajoso o libertou da maldição. Assim, Honorato pode viver na terra como uma pessoa comum e perto de sua família.

Em outra versão, uma mulher muito má, pertencente a uma tribo amazônica, costumava matar e devorar crianças. Indignados, os habitantes da tribo resolveram jogá-la no rio.

Entretanto, ela não morreu pois foi salva por uma espécie de demônio chamado de Anhangá. Por fim, eles se casam e tem um filho que foi transformado em cobra por seu pai, para que assim, ele pudesse viver com seus pais no rio.

Com o tempo ele foi crescendo até atingir um tamanho descomunal, tanto que os rios já não tinham mais peixes. Com isso, a cobra grande começou a aterrorizar e devorar pessoas das tribos que viviam próximas dos rios.

Quando sua mãe morreu, a cobra ficou tão enfurecida que resolveu viver num estágio de letargia embaixo das cidades grandes.

Noutra versão, quando morre sua mãe, a cobra grande fica triste e furiosa que seu olho torna-se tão brilhante que chega a soltar flechas de fogo. Essas flechas eram atiradas no céu, e, portanto, acredita-se que ela atuava nas tempestades.

Cobra Grande



Relate algum problema encontrado nesse personagem

  • Marcos Nash
  • Adicionado por
    Marcos Nash
    em 16/02/2019 19:02:00