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Clóvis Bornay



Licenciador: Personagem Real
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Clóvis Bornay

Clóvis Bornay [1916-2005] foi museólogo e carnavalesco, idealizador do Baile de Gala do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1937. Era o caçula de 12 irmãos, filhos de mãe espanhola e pai suíço. Em sua juventude, durante a década de 1920, descobriu no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada “Príncipe Hindu” e com ela obteve o primeiro lugar. Passou a desfilar também nas Escolas de Samba e, no desfile de 1965, foi célebre a fantasia em homenagem a Estácio de Sá, quando a cidade comemorava seu quarto centenário de fundação.

Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval e anualmente trazia novos elementos em seus trajes, com o quais ganhou quase todos os concursos que disputou. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus rivais de salão. De tanto ganhar, foi declarado “hors concours” (concorrente de honra, não sujeito à premiação). Clóvis Bornay foi também uma pessoa generosa. Casou-se com uma vendedora amiga para que pudesse proteger as três filhas dela, Karine, Patricia e Tainá, com quem mantinha uma relação de pai, haja vista ser o principal responsável por elas. Trabalhou como museólogo no Museu Histórico Nacional, cuja iniciativa que se tem nota foi a da cessão do refrigerador de seu gabinete de trabalho para a criação de uma sala de exposição-depósito de peças com estabilidade de temperatura.

Atuou também em outras entidades culturais. Foi carnavalesco das Escolas de samba Salgueiro (1966); Unidos de Lucas e Vila Santa Tereza (ambas em 1967); Unidos de Lucas (1968 e 1969); Portela em (1969 e 1970); Mocidade (1971 e 1972), Unidos da Tijuca e Viradouro (1973). Com a Portela, ganhou o campeonato de 1970, com o enredo “Lendas e mistérios da Amazônia” (o qual foi reprisado no desfile de 2004). Introduziu inovações, como a figura de destaque, a qual é luxuosamente fantasiada e conduzida do alto de um carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiam e tornam o quesito obrigatório. E ao longo de seus 77 anos de carnaval (69 em desfiles), sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque.

Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde. Algumas de suas brilhantes fantasias estão expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana, em 1964. Recebeu a "Medalha Tiradentes", da ALERJ (1966), dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.

Também foi cantor e gravou marchinhas carnavalescas nas décadas de 1960 e 1970. Em 1967, foi chamado para atuar no filme “Terra em Transe”, de Glauber Rocha, no qual contracenou com Paulo Autran. Também participou do filme “Independência ou Morte” (1972). Às 15h do dia nove de outubro de 2005, Clóvis deu entrada no Hospital Souza Aguiar, desidratado e com infecção intestinal. Apesar de medicado, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.


FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%B3vis_Bornay

Clóvis Bornay



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  • Ramiro Vieira
  • Adicionado por
    Ramiro Vieira
    em 12/01/2018 00:01:00
    Editado por Fabio Garcez