Vertigo: Além do Limiar


Claus Von Stauffenberg



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Claus Von Stauffenberg

Claus Philipp Maria Schenk Graf von Stauffenberg [1907-1944] foi um oficial do exército alemão mais conhecido por sua participação na liderança do Atentado de 20 de julho de 1944, o qual tentou assassinar Adolf Hitler e remover o Partido Nazista do poder (Operação Valkyrie). Junto com outros oficiais, como Henning von Tresckow e Hans Oster, ele era um das figuras centrais da Resistência Alemã dentro da Wehrmacht. Após o fracassado atentado contra o Führer, ele e outros conspiradores foram executados. O nome completo de Stauffenberg era Claus Philipp Maria Justinian, seguido do título Conde de Stauffenberg. Pertencia a uma família nobre da Baviera, tradicionalmente católica, mais precisamente ligada ao antigo Reino de Württemberg, detentores do título nobiliárquico de graf, o qual, na nobreza latina, equivale-se a conde. Seus pais eram Alfred Schenk Graf von Stauffenberg e Caroline Schenk Gräfin von Stauffenberg.

Claus era um intelectual e estudou literatura e história antes de se juntar ao exército alemão. Foi o oficial mais jovem a chegar ao posto de coronel, e uma estrela em ascendência no exército (Heer) das forças armadas alemãs (a Wehrmacht). É sabido que Stauffenberg concordava com alguns aspectos da ideologia nacionalista do Partido Nazista alemão e apoiou a invasão da Alemanha contra a Polônia. Testemunhas o ouviram fazer comentários antissemitas e expressar apoio pelo uso de mão de obra escrava polonesa. Ainda assim, ele já era conhecido por não ser um simpatizante entusiasmado, pois expressava repugnância a várias ideologias nazistas e se recusou a se tornar um membro do partido. Stauffenberg vacilava entre o seu desgosto pessoal por Hitler e o respeito pelo que ele havia feito com o país. Todavia, testemunhar o tratamento dispensado aos judeus alemães e a supressão religiosa, ofenderam o senso de catolicismo e moralidade de Stauffenberg.

Ele foi ferido em um ataque aéreo em 7 de abril de 1943, na campanha Norte-Africana, quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves ferimentos no joelho. Stauffenberg, juntamente com vários outros militares os quais não suportavam mais as ordens de Hitler, organizou um atentado a bomba contra ele. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices os quais aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, com a alegação de necessitar dar um telefonema. O atentado aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a “Toca do Lobo” (“Wolfsschanze”), situado nas proximidades de Rastenburg. Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, mas só conseguiu levar uma das bombas à sala de reuniões.

Os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isso foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. No entanto, uma grande e pesada mesa de madeira de carvalho protegeu o Führer da explosão. Entre 11 feridos e quatro mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: “Eu sou imortal”. Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. O duce ficou impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no fato de Hitler ter sobrevivido. Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice, o general Friedrich Fromm.

Ao saber que Hitler tinha sobrevivido, Fromm denunciou seus companheiros como os Generais Friedrich Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben (posteriormente enforcado), o Coronel Mertz e o Tenente Werner von Haeften, os quais foram fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário. No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e da tentativa de golpe de estado. O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor. Friedrich Fromm foi condenado a morte e fuzilado em 12 de Março de 1945. Claus von Stauffenberg foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de julho de 1944, no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram: – “Vida longa para a sagrada Alemanha!” (“Es lebe das heilige Deutschland!”).

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Claus_Schenk_Graf_von_Stauffenberg

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  • Antônio Luiz Ribeiro
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    Antônio Luiz Ribeiro
    em 29/10/2011 18:21:00