Vertigo: Além do Limiar


Chico Xavier



Licenciador: Personagem Real
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Chico Xavier

Francisco de Paula Cândido Xavier [1910–2002] foi um médium, filantropo e um dos mais importantes expoentes do Espiritismo. Seu nome de batismo, Francisco de Paula Cândido, em homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que publicou os primeiros livros, mudança oficializada em abril de 1966, quando voltou de sua segunda viagem aos EUA. Chico Xavier alegava ter psicografado mais de 450 livros, entre os quais “Parnaso de Além-Túmulo”, “O Véu de Ísis”, “Nosso Lar”, “Sexo e Destino”, “Paulo e Estevão”, “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, para citar alguns. Até 2010, suas psicografias já haviam vendido mais de 50 milhões de exemplares. Os direitos autorais das obras foram cedidos a instituições de caridade.

Também psicografou cerca de 10 mil cartas, sem jamais ter cobrado algo do destinatário. Trabalhou como vendedor, tecelão e datilógrafo. Seu legado ultrapassou as barreiras religiosas e hoje é reconhecido como o maior "líder espiritual" do Brasil, uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país, ressaltado principalmente por um forte altruísmo. Chico recebeu várias homenagens e honrarias. Em 1981 e 1982 foi indicado ao prêmio Prêmio Nobel da Paz; em 1999, o Governo de Minas Gerais instituiu a Comenda da Paz Chico Xavier; e em 2012 foi eleito O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, em um concurso homônimo realizado pelo SBT e pela BBC, cujo objetivo foi “eleger aquele que fez mais pela nação e que se destacou por seu legado à sociedade”.

Nascido no seio de uma família humilde, teve oito irmãos e, quando a mãe morreu, incapaz de criar sozinho os filhos, seu pai os distribuiu entre os parentes. Chico foi criado, nos dois anos seguintes, pela madrinha e antiga amiga de sua mãe, Rita de Cássia, a qual o maltratava constantemente. Em 1928, começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal. Chico Xavier também foi vítima de inúmeras controvérsias, entre elas a de 1944, quando os repórteres David Nasser e Jean Manzon fizeram uma reportagem não muito simpática sobre ele para a revista “O Cruzeiro”. Os repórteres se fingiram de estrangeiros e usaram nomes falsos para testarem se Chico era um farsante.

Porém, quando Nasser e Manzon chegaram em casa após a reportagem, tiveram uma surpresa, como relatou Nasser em uma entrevista à TV Cultura em 1980: “De Madrugada, o Manzon me telefonou e disse: ‘você já viu o livro que o Chico Xavier nos deu?’. Falei que não. ‘Então veja’, ele falou. Fui na minha biblioteca, peguei o livro e estava escrito exatamente isso: ‘Ao meu irmão David Nasser, de Emmanuel’. Ao Manzon ele havia feito uma dedicatória semelhante. Por coisas assim é que eu tenho muito medo de me envolver em assuntos de Espiritismo”. Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve repercussão mundial, foi a de um caso ocorrido em Goiânia, no qual José Divino Nunes, acusado de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz.

Este aceitou como prova válida, entre outras apresentadas pela defesa, um depoimento da própria vítima, já falecida, por meio de texto psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979. Assim, o presumido espírito de Maurício teria inocentado o amigo ao dizer que tudo não teria passado de um acidente. Depoimentos psicografados por Chico Xavier também foram aceitos como provas judiciais em outros três casos de julgamento de homicídio internacionalmente repercutidos. Na década de 1970, Chico participou de programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Sua entrevista ao vivo para o programa Pinga-Fogo, da TV Tupi, em 28 de julho de 1971, levou a uma segunda edição, em 21 de dezembro de 1971, a qual obteve um índice de audiência jamais superado na TV brasileira por uma produção nacional, com 86% de Ibope.

À luz da doutrina espírita e sob alegada influência de seu mentor, Emmanuel, Chico respondeu perguntas sobre mediunidade, psicografia, vida em outros planetas, reencarnação, aborto, entre muitos outros temas. Em 1975, desligou-se do centro espírita "Comunhão Espírita Cristã" e fundou um novo em Uberaba, o "Grupo Espírita da Prece", onde passou a exercer suas atividades. Em 1980, já havia duas mil instituições de caridade fundadas, ajudadas ou mantidas graças aos direitos autorais dos seus livros psicografados ou a campanhas beneficentes promovidas por ele. O médium morreu aos 92 anos de idade, em decorrência de parada cardiorrespiratória, em 30 de junho do ano de 2002.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Xavier

Chico Xavier



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  • zurgk
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    zurgk
    em 11/03/2012 13:34:00