Vertigo: Além do Limiar


Charles de Gaulle



Licenciador: Personagem Real
País de origem: França


Lista de revistas com participação de Charles de Gaulle

Charles André Marie Joseph de Gaulle [1890-1970] nasceu em Lille, França, filho de Henri de Gaulle, professor de filosofia e literatura, e de Jeanne Maillot, filha de ricos empresários de Lille. Em 1910, ingressou na Academia Militar de Saint-Cyr. Serviu em combate na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, durante o conflito, foi três vezes ferido e feito prisioneiro em Verdun, em 1916. Em 1921, lecionou história militar em Saint-Cyr. Em 1924, formou-se pela Escola Superior de Guerra. No ano seguinte, foi convidado a integrar o gabinete do general Philippe Pétain. Promovido a major em 1927, Charles de Gaulle serviu em Trier e depois no Líbano. Na década de 1930, a estratégia de defesa da França, para se proteger da vizinha Alemanha, era baseada em um perímetro fixo fortificado, conhecido como Linha Maginot, na fronteira com a Alemanha.

De Gaulle entrou em conflito com opiniões militares ortodoxas ao defender a reforma do Exército francês com base em unidades blindadas de grande mobilidade e uma aviação poderosa. Suas ideias foram expostas nas obras “O Fio da Espada” (1931), “Por um Exército de Profissionais” (1934) e “A França e seu Exército” (1938). No início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), já com a patente de coronel, comandava a IV divisão blindada. Em 17 de maio de 1940, deteve o avanço alemão em Montcornet e em Abbeville em 28 de maio. No mesmo mês, foi nomeado general de brigada e designado subsecretário de guerra pelo primeiro ministro Paul Reynaud. Ainda em 1940, os alemães derrotaram os franceses e tomaram a França. De Gaulle fugiu para a Inglaterra e, de Londres, mandava mensagens de rádio para que o povo francês continuasse com a resistência.

Como líder do movimento França Livre e presidente do Comitê Francês de Libertação Nacional, tornou-se o representante da resistência à ocupação alemã. Em agosto de1944, entrou em uma Paris libertada. Em 13 de novembro, foi nomeado presidente do governo provisório pela Assembleia Constituinte e restabeleceu a autoridade do poder central. Realizaram-se então os históricos julgamentos do marechal Philippe Pétain, o qual recebeu o indulto do ex-comandante, e de Pierre Laval, o qual foi fuzilado. Em janeiro de 1946, De Gaulle renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro, descontente com as intrigas dos partidos políticos. Em 1947 fundou o “Rassemblement du Peuple Français”, com o qual atacou o sistema parlamentarista debilitado e ressaltou o temor popular ao comunismo.

O partido foi dissolvido em 1953, De Gaulle retirou-se da vida pública e dedicou-se à redação de suas “Mémoires de Guerre” (1954-1959). Em maio de 1958, porém, quando os militares franceses estacionados na Argélia se rebelavam contra o governo de Paris e a guerra civil ameaçava eclodir, De Gaulle foi apontado como o único capaz de salvar a França. De Gaulle estabeleceu um programa de revisão drástica da constituição. A nova carta foi aprovada em setembro e, em 21 de dezembro, ele foi eleito presidente da quinta república. Como presidente, incentivou a cooperação com as novas nações africanas, defendeu a ajuda aos países do Terceiro Mundo e apoiou, para surpresa geral, a independência da Argélia. Em 1964, reconheceu o governo da República Popular da China e dedicou-se à reforma da defesa nacional.

Para fortalecer o executivo, propôs uma emenda constitucional que instituía a eleição do presidente por sufrágio universal. A proposta foi apreciada pelo referendo de outubro de 1962 e, em dezembro de 1965, De Gaulle foi reeleito para novo mandato presidencial. Em janeiro de 1966 De Gaulle iniciou seu segundo mandato de sete anos. Manteve a política de aproximação com a Europa Oriental e criticou a atuação americana no sudeste asiático. Sustentou que a paz devia ser negociada a partir dos acordos de Genebra, em 1954. Em 1968, a França retirou-se da Organização do Tratado do Atlântico Norte e os americanos removem suas bases militares do território francês. Recusou-se a aceitar a entrada do Reino Unido do Mercado Comum Europeu. No Oriente Médio apoiou as nações árabes contra Israel e, no Canadá, defendeu o movimento separatista de Québec, em 1967.

Em 1968, a chamada “crise de maio” levou os estudantes e os operários às ruas. Greves e manifestações antigovernamentais abalaram o país e levaram o presidente a dissolver o Parlamento. Em maio de 1969, De Gaulle perdeu o referendo sobre as reformas administrativas e renunciou ao cargo. Seu ex-primeiro ministro George Pompidou o substituiu. Charles de Gaulle morreu em Colombey-les-Deux-Églises, França, no dia nove de novembro de 1970. Em oito de março de 1974, em sua homenagem, o antigo aeroporto de Roissy foi rebatizado com o nome de “Aéroport Paris-Charles de Gaulle”.

FONTE:
https://www.ebiografia.com/charles_gaulle/

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  • Antonio Pontes Junior
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    Antonio Pontes Junior
    em 24/12/2013 16:39:00