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Bispo Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira



Nome: Vital Maria Gonçalves de Oliveira
Licenciador: Personagem Real
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Bispo Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira

Vital Maria Gonçalves de Oliveira [1844-1878] foi um religioso capuchinho brasileiro. Foi bispo de Olinda e na luta pelos princípios religiosos fez eclodir o conflito entre a Igreja e o Império, o qual ficou conhecido como “Questão Religiosa”. Dom Vital nasceu no município de Pedra de Fogo, Paraíba, filho de Antônio Gonçalves de Oliveira e de Antônia Albina de Albuquerque, pequenos proprietários de Pedra de Fogo, os quais, posteriormente, migraram para a cidade de Goiana, em Pernambuco. Na adolescência, foi para o Recife e ingressou no Colégio Benfica, dirigido por sacerdotes, e, em seguida, para o Seminário de Olinda.

Em 1860, aos 16 anos, recebeu a ordem de tonsura (cerimônia do corte de cabelo). Em 1862, viajou para a Europa a fim de continuar seus estudos eclesiásticos, em Issy, próximo à Paris. No ano seguinte, recolheu-se ao convento dos capuchinhos, em Versalhes, onde tomou o hábito em 16 de agosto de 1863. Concluído o noviciado, seguiu para Toulouse, ao sul da França, onde recebeu as ordens de subdiácono e presbítero e celebrou sua primeira missa em três de agosto de 1868. De volta ao Brasil, foi designado para trabalhar em São Paulo, onde foi professor de Teologia e capelão, em seguida nomeado bispo de Olinda, em 21 de maio de 1871.

No mesmo ano, iniciou uma reforma no Seminário, procurou implantar um seminário de estudos canônicos o qual antecedesse à formação dos futuros sacerdotes. Em 1872, teve início uma luta entre o bispo e o governo imperial, haja vista Dom Vital ter encontrado na Diocese muitos padres maçons e confrarias governadas por maçons. Essa relação entre católicos e maçons havia sido proibida pelo Papa Pio IX através da Bula Syllabus, em 1864. A proibição do Papa não foi aceita pelo Imperador, já que muitos membros do governo eram maçons e era comum, no Brasil, padres fazerem parte de lojas maçônicas e maçons participarem de irmandades religiosas.

Nessa época, o presidente do Conselho, José Maria da Silva Paranhos, grão-mestre da Maçonaria, fazia uma campanha pela imprensa em favor da mesma. Em 1872, foram fundados dois jornais maçônicos no Recife: A Família Universal e A Verdade, justificados pelo grande o número de católicos filiados a lojas maçônicas. Criado o problema, em 1873, Dom Vital mandou fechar em Pernambuco todas as irmandades religiosas que mantinham relações com membros da maçonaria. Em resposta, o Visconde do Rio Branco, primeiro ministro e maçom, mandou prender o bispo e o condenou a quatro anos de prisão com trabalhos forçados.

Preso no Recife, foi levado para o Rio de Janeiro, onde chegou em dois de janeiro de 1874. Permaneceu durante um ano e meio na fortaleza de São João, de onde saiu ao ser anistiado pelo Gabinete presidido por Caxias, o novo primeiro-ministro. Essa luta entre a Igreja e o Trono ficou conhecida como “Questão Religiosa”. Ao ser solto, o bispo seguiu em viagem à Europa, iniciada por Bordeaux, com passagem em várias cidades francesas e italianas até chegar a Roma, onde foi recebido pelo Papa. Nos dois anos de vida que ainda teve, Dom Vital fez várias viagens pela Europa e permaneceu pouco tempo em sua Diocese. Dom vital morreu em Paris, no dia quatro de julho de 1878. Suas cinzas foram trazidas para o Recife e colocadas na Basílica de Penha, em 1881.

FONTE:
https://www.ebiografia.com/dom_vital/





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  • pricardoam
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    pricardoam
    em 22/11/2019 13:11:00