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Bento Gonçalves



Nome: Bento Gonçalves da Silva
Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Bento Gonçalves

Bento Gonçalves da Silva [1788-1847] foi um militar brasileiro, um dos líderes da Revolução Farroupilha (1835-1845), o qual lutou pela independência da província do Rio Grande do Sul do Império do Brasil. Seus pais desejavam encaminhá-lo à carreira eclesiástica, porém Bento se interessava mais pelas lidas campeiras. A família mudou de ideia após ele ter matado um homem negro em um duelo, o que levou seu pai a forçá-lo a assentar praça.

Todavia, a interferência de seu irmão João Gonçalves adiou o seu alistamento por cinco anos. Incorporado na Companhia de Ordenanças de D. Diogo de Sousa [1755-1829], Bento demonstrou sua vocação muito cedo, ao engajar-se nas guerrilhas da primeira campanha cisplatina (1811-1812). Ao final da guerra, desincorporado como cabo, estabeleceu-se em uma fazenda de criação de gado e em uma casa de negócios em Cerro Largo, território uruguaio.

Lá conheceu sua futura esposa Caetana Garcia [1798-1872], com quem casou em 1814 e tiveram oito filhos. Na segunda campanha cisplatina (1816-1821), seu prestígio militar se confirmou. Em 1817 foi nomeado capitão, participou das batalhas em Curales, Las Cañas (1818), Cordovez, Carumbé (1819) e Arroio Olimar (1820). Em 1829, pelos serviços prestados na campanha de 1925-1828 e que terminou com a independência do Uruguai, D. Pedro I [1798-1834] nomeou-o coronel de estado-maior. Confiou-lhe o comando do 4° Regimento de Cavalaria de Linha e, no ano seguinte, da fronteira meridional.

Em 1834, denunciado como rebelde e acusado de manter entendimentos secretos com Juan Antonio Lavalleja [1784-1853] para a separação do Rio Grande do Sul. Foi chamado à Corte, juntamente com Joao Manuel de Lima e Silva [1805-1837]. Defendeu-se perante o ministro da Guerra, foi absolvido e teve recepção triunfal no regresso à província. Os conservadores, no entanto, conseguiram a destituição de Bento Gonçalves do comando militar da Província do Rio Grande.

Foi eleito deputado provincial em 1835 na 1ª legislatura. Em 20 de abril de 1835, em plena sessão de instalação da assembleia provincial, foi acusado pelo presidente da província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga [1805-1875] de articular a separação do Rio Grande do Sul do restante do Império. A Revolução Farroupilha iniciou-se em 20 de setembro de 1835. No dia 25 daquele mês, o chefe militar declarou respeitar o juramento que havia prestado ao código sagrado, ao trono constitucional e à conservação da integridade do império.

Em princípio, portanto, o levante não era de caráter separatista, mas dirigido contra o presidente da Província e Comandante das Armas. Mesmo assim, o Império não poderia aceitar a destituição de seus delegados, fosse por golpe ou não. Iniciava-se a luta que se estenderia por uma década. Na sua ausência, após retumbante vitória na Batalha do Seival, a República Rio-grandense foi proclamada pelo general Antônio de Sousa Neto [1803-1866], em 11 de setembro de 1836.

Preso na Batalha do Fanfa (outubro de 1836), Bento Gonçalves foi mandado à Corte e depois encarcerado na prisão de Santa Cruz e mais tarde para o Forte da Laje, no Rio de Janeiro. Em 15 de março de 1837, em uma tentativa de fuga da prisão, Pedro Boticário [1799-1850] não conseguiu passar por uma janela, por ser muito gordo. Em solidariedade, Bento Gonçalves também desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires [1799-1844] e o Coronel Corte Real. Após essa tentativa de fuga, foi transferido para a Bahia, onde ficou preso no Forte do Mar, onde sofreu uma tentativa de envenenamento, na qual morreram um gato e um cachorro.

Mesmo preso, foi aclamado presidente em seis de novembro de 1836. Permaneceu algum tempo, clandestino, em Itaparica e em Salvador, onde teve contato com membros do movimento. Após despistar seus perseguidores, chegou, via Buenos Aires, de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República. A 29 de agosto de 1838, lançou seu mais importante manifesto aos rio-grandenses, onde justificou as irreversíveis decisões tomadas em favor da libertação do seu povo. Intrigas internas, em um grupo desgastado pela longa guerra, em 1844, induziram Onofre Pires a destratar Bento Gonçalves.

Chamado por ele de assassino e de ladrão, Bento desafiou-o a um duelo, em 27 de fevereiro de 1844. Onofre morreu dias depois, por complicações advindas do ferimento. A República Rio-Grandense teve seu fim na Paz de Poncho Verde, em 1º de março de 1845. Luis Alves de Lima e Silva – o Conde de Caxias –, general vitorioso, assumiu a presidência da Província. Após o fim da revolta, Bento Gonçalves retornou às atividades do campo, sem interessar-se mais por política. Morreu dois anos depois, acometido de pleurisia.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_Gon%C3%A7alves_da_Silva

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