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Bela Lugosi



Nome: Béla Ferenc Dezso Blaskó
Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Bela Lugosi

Bela Lugosi [1882-1956] – nascido Béla Ferenc Dezsõ Blaskó, no então Império Austro-Húngaro, na região de Banat – foi o mais jovem dos quatro filhos de um banqueiro. Lugosi fugiu de casa aos 11 anos. Abandonou a escola e engajou-se no trabalho de mineração. Na adolescência começou a atuar em pequenas companhias teatrais na Europa, em várias peças de William Shakespeare. O caminho mais comum o guiou do teatro para o cinema mudo húngaro, com o nome artístico de Arisztid Olt.

Porém, teve de interromper o início das atividades no cinema graças à Primeira Guerra Mundial. Há rumores de que ele tenha sido ferido três vezes, o que causaria sua futura dependência em morfina a fim de aliviar as dores que o seguiriam pelo resto da vida. Há também a versão de que ele conseguiu evitar o serviço militar ao se passar por louco. Liberado do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela primeira de cinco vezes e saiu da Hungria por conta de suas opiniões políticas antifascismo.

Refugiou-se na Alemanha por pouco tempo, para depois migrar para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Participou do teatro na comunidade húngaro-americana e, após algum tempo, ganhou a oportunidade de interpretar Drácula, de Bram Stoker [1847-1912], em uma adaptação teatral escrita por John Balderston. Sua interpretação única e assustadora abriu-lhe as portas para o estrelato no cinema.

O diretor Tod Browing [1880-1962] descobriu Lugosi e convidou-o para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica do romance de Stoker. A oportunidade lhe deu estrelato, mas também o marcou como “um ator de um só papel”. Ele fez vários outros filmes de horror, dentre os quais Os Assassinatos da Rua Morgue (1932), O Corvo (1935), A Marca do Vampiro (1935). Também trabalhou em outros gêneros, como O Dom da Alegria (1934), Só os Fortes Triunfam (1935), Sombras de Chinatown (1936), Ninotchka (1939), para citar alguns.

Todavia, sem conseguir estabilidade no cinema, passou – a partir de meados da década de 1930 – a atuar em filmes de baixo orçamento. Preso ao gênero que o consagrara, ainda conseguiu alguns bons papéis, como em O Filho de Frankenstein (1939), A Alma de Frankenstein (1942) e Raptor de Noivas (1942). Infelizmente, o ator estava estereotipado como "Drácula" e seguiu o mesmo declínio do gênero na década de 1940, no qual os monstros clássicos protagonizavam filmes em que se enfrentavam.

Com isso, Bela Lugosi ficou desempregado. Conheceu Ed Wood [1924-1978], considerado o pior diretor da história de Hollywood, com quem rodou alguns filmes. Diz-se que Ed Wood arcou com vários custos de internação de Lugosi, consumido pelo vício em morfina. O último filme de Bela Lugosi, Plano 9 do Espaço Sideral (1956), com direção de Wood, contou com a presença de Lugosi por somente uma semana. Ele morreu em seguida, no dia 16 de agosto daquele ano, sepultado com o traje de Drácula a pedido de seu filho, Bela Lugosi, Jr., e de sua quarta mulher, Hope Lininger, no cemitério de Holy Cross, na cidade de Culver City, Califórnia.

Ao contrário da crença popular, Bela Lugosi nunca pediu para ser sepultado com o traje. A decisão foi inteiramente de Lugosi Jr. e sua mãe, fato confirmado por ambos em diversas ocasiões posteriores. Bela Lugosi foi homenageado no filme Ed Wood (1994), de Tim Burton, vivido por Martin Landau [1928-2017] em uma performance que lhe garantiu o terceiro Oscar de Melhor Ator Coadjuvante de sua carreira (Johnny Depp interpretou o bizarro cineasta o qual dá nome à obra).

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9la_Lugosi

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