Vertigo: Além do Limiar


Bebeto



Nome original: Nubbin
Licenciador: King Features Syndicate
País de origem: Estados Unidos da América
Criado por: George Crenshaw - ‘George Crandall’, Jim Burnett

Lista de revistas com participação de Bebeto

Bebeto (no original, Nubbin) foi criado em 24 de março de 1958.

Com textos de Jim Burnett e desenhos de George Crenshaw (usando o pseudônimo de George Crandall, até Junho de 1960), a tira conta as histórias de um pequeno garoto de fazenda, que se veste como Huckleberry Finn e conversa com animais, sempre curtindo as coisas boas da vida simples do campo como, por exemplo, andar com pés descalços.

Essa característica de conversar com os animais e eles responderem de volta foi bem marcante no primeiro ano de execução da tira.
Os animais da fazenda eram todos os interlocutores das histórias.
Os pais do personagem só vieram a aparecer muito mais tarde na série. (Seu pai era uma caricatura de Crenshaw).

O elenco dos bichos era bem diferenciado e todos eles tinham nomes fantasiosos, mas bem adequados e espirituosos.

No original temos: Amscray o gambá; Arsênico e estricnina, os ratos; Dizmal, o urubu; Eggnes, a galinha; Impecável (no Brasil, Dentuço), o pato; Gástrico, o bode; Moola, a vaca; Nix, o cavalo; Pudge, o porco; Reville, o galo;Tater, o cão, e muitos outros mais.

A ambientação rural das histórias indicava que as aventuras se passavam provavelmente em alguma área do pantanal da Flórida.

A condução e arte das tiras lembram um pouco o trabalho de Hank Ketcham em Dennis, o pimentinha e isso não é nenhuma novidade pois George Crenshaw foi assistente de ketcham em Pimentinha por anos.

George Crenshaw começou sua carreira como animador para Walt Disney tendo trabalhado em Fantasia , Pinóquio e curtas do Pato Donald.
Também colaborou em alguns desenhos animados de Tom e Jerry para a MGM, antes de trabalhar nos quadrinhos.

Após o primeiro aniversário de publicação de Bebeto, novos conflitos foram criados para a trama e vieram na forma de uma menina chamada Twink.

Twink foi, em alguns aspectos, como a Margaret era em Dennis, o pimentinha.
Ela era todas as coisas que confundem e incomodam os meninos: Vaidosa, exigente, egoísta, densa mas, no entanto, adorável.
Em alguns aspectos, ela poderia ser mais como a Lucy de Peanuts como, por exemplo, nos momentos de ira quando quer bater em Bebeto com sua bolsa ou guarda-sol.

Outra característica que lembra bem Peanuts é o fato de Twink usar engradados com placas indicativas, como uma banca de limonada, ou consultório de autoajuda por cinco centavos.

Mesmo após relativo sucesso inicial, no final dos anos 1960, uma frequência infeliz de repetições foram produzidas.
Não apenas piadas repetidas, mas tiras inteiras foram recicladas com apenas uma nova data e copyright estampado.

Talvez, o então ocupado Crenshaw não não estivesse conseguindo manter o ritmo alucinado de produção, pois estava com outras obras em andamento paralelo (a mais famosa, BELVEDERE).

Foi então que, em 1971, o cartunista veterano Henry Boltinhoff assumiu definitivamente as funções artísticas da tira, simplificando seu estilo.

Por exemplo: as linhas de sombreamento de Crenshaw foram embora e Boltinhoff também se livrou das bolinhas na saia de Twink, porque davam muito trabalho em sua confecção ocasionando atrasos na produção.
Sua influência sobre as 'gags' deu um toque mais leve a série também.

Dessa forma, Bebeto prosseguiu por um bom tempo - até 19 de setembro de 1987 - permanecendo como tira diária sempre distribuída pela King Features Syndicate em seus 29 anos de execução.

No Brasil, Bebeto não teve revista própria, mas foi apresentado ao publico brasileiro pela RGE nas revistas de Tininha, Brotoeja, Bolota, Riquinho e até mesmo em Ferdinando, geralmente Bebeto era apresentado numa única tira na última página ao lado dos créditos de cada revista. (SAD).

Bebeto



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 18/07/2013 11:45:00
    Editado por Sidnei Dias