Vertigo: Além do Limiar


Arthur da Costa e Silva



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Arthur da Costa e Silva

Artur da Costa e Silva [1899-1969] foi o 27º Presidente do Brasil, o segundo do período da Ditadura Militar. Nascido em Tquari. interior do Rio Grande do Sul, era general do Exército quando assumiu a presidência da república e já havia ocupado o Ministério da Guerra no governo anterior, do marechal Castelo Branco. Seu governo iniciou a fase mais dura e brutal do regime militar, à qual seu sucessor, o general Emilio Garrastazu Médici, deu continuidade. Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o AI-5, o qual lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar políticos e institucionalizar a repressão, haja vista em seu governo haver um aumento significativo das atividades subversivas. Essa repressão ocorreu por meios tanto legais quanto ilegais, como torturas contra a população civil.

O governo também foi marcado pelo crescimento de 15,72% do PIB (média de 7,86%) e 10,68% da renda per capita (média de 5,34%) graças ao Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG). Costa Silva assumiu com a inflação em 25,01% e entregou a 19,31%, período conhecido como milagre econômico brasileiro, cuja duração foi de 1968 a 1973. Filho de portugueses, Artur da Costa e Silva iniciou sua carreira militar ao ingressar no Colégio Militar de Porto Alegre, onde concluiu o curso como primeiro da turma ou aluno-comandante. Casou-se com Iolanda Gibson Barbosa, filha de um militar. Em 1918, entrou na Escola Militar de Realengo (Rio de Janeiro), na qual se classificou como terceiro da turma. Aspirante em 18 de janeiro de 1921, era segundo-tenente em 1922, quando participou da tentativa de levante do 1° Regimento de Infantaria da Vila Militar, a cinco de julho daquele ano.

Estagiou nos EUA, de janeiro a junho de 1944, após ter sido instrutor-adjunto de tática geral da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Como Coronel, foi adido militar na Argentina de 1950 a 1952. Foi promovido General de Brigada em dois de agosto de 1952. Comandou a 3ª Região Militar, em Porto Alegre, de 1957 a 1959, e a 2ª Divisão de Infantaria, em São Paulo, entre 14 de fevereiro de 1959 e sete de julho de 1961. Alcançou o último posto, General de Exército, em 25 de novembro de 1961. Comandou o IV Exército, em Recife, de agosto de 1961 a setembro de 1962. Em seguida, foi Chefe do Departamento-Geral do Pessoal, entre 25 de outubro de 1962 e 31 de julho de 1963, e depois a chefe do Departamento de Produção e Obras. No governo João Goulart reprimiu com eficiência as manifestações estudantis no Nordeste, mas acabou afastado do comando do IV Exército.

Ao final de 1963, participou ativamente da conspiração que derrubou o Presidente da República João Goulart. Este assumiu a Presidência depois da renúncia do Presidente Jânio Quadros, do qual era vice-presidente. Os militares acusavam Goulart de planejar um golpe de estado e Costa e Silva acabou por assumir o Ministério da Guerra logo após o Golpe de 1964, no dia 31 de março de 1964, e permaneceu ministro da Guerra no governo Castelo Branco, iniciado em 15 de abril de 1964. No dia de seu aniversário, em 3 de outubro de 1966, Costa e Silva foi eleito presidente da República pelo Congresso Nacional, com 294 votos. Foi candidato único pela ARENA. O MDB se absteve de votar. O caráter não democrático da eleição se deveu não apenas ao fato de ter sido uma eleição indireta, mas também à repressão política, a qual, desde 1964, cassou direitos políticos de lideranças e impôs aposentadorias forçadas, demissões sumárias, intervenções em sindicatos, fechamento de órgãos operários, estudantis e acadêmicos, dissolução de partidos políticos e julgamento de civis pela Justiça Militar.

A consequência dessas crescentes restrições aos direitos civis e políticos era uma maioria parlamentar dócil ao regime, que legitimava em eleições indiretas os candidatos a presidente impostos pelos militares. Costa e Silva tomou posse em 15 de março de 1967, em meio a grandes expectativas quanto ao progresso econômico e a redemocratização do país. Nesse mesmo dia, entrou em vigor a Constituição de 1967 e expirou-se o prazo de vigência do Ato Institucional nº 2, cujos efeitos foram plenamente protegidos e excluídos de apreciação pelo Poder Judiciário. Durante seu governo, foram criados a Embraer, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO), o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e o Projeto Rondon. Costa e Silva morreu em 17 de dezembro de 1969, devido às consequências do Acidente Vascular Cerebral sofrido em 31 de agosto. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_e_Silva

Arthur da Costa e Silva



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