Vertigo: Além do Limiar


Arrelia



Nome: Waldemar Seyssel
Licenciador: Personagem Real
País de origem: Estados Unidos da América


Lista de revistas com participação de Arrelia

Waldemar Seyssel, mais conhecido como o palhaço Arrelia [1905-2005], trabalhou em alguns filmes como ator, sem se caracterizar de palhaço: Modelo 19 (1950) e Suzana e o Presidente (1951). As matinês do circo do palhaço Arrelia e, posteriormente, o Cirquinho do Arrelia, da TV Record – de 1955 a 1966 –, fizeram parte do cotidiano da família paulistana.

Deixou como marca registrada nessa cidade o popular bordão "Como vai, como vai, como vai? Eu vou bem, muito bem...bem...bem!", o qual se tornou o refrão de uma música em ritmo de Marcha cantada por ele. Waldemar Seyssel veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Começou a atuar aos seis anos, no Circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.

Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno, Julio Seyssel, o qual sempre morou na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela. Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim.

Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal veio ao Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e, ao invés de prosseguir com a excursão para outros países, ficou por aqui e deu origem a uma linhagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo.

O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel, é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia. Após longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo, pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e irem trabalhar com ele na TV Record.

Waldemar Seyssel começou em circo, saltava, depois passou pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico e passou a usar o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, o qual fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho.

Finalmente, quando trocou o circo pela televisão, em 1953, teve como parceiro o palhaço Walter Seyssel Pimentinha, seu sobrinho. Ele próprio diz ser um palhaço bem diferente. Alto e desengonçado, quando todos os palhaços excêntricos são baixos, sem sapatos de bicos imensos e finos e sem bengalas compridas, fala difícil sem saber e erra sempre. Enfim, é um tipo de rua, "um misto de gente que encontrei no circo, teatro, cinema, TV e na própria rua. Um tipo que vai indo aos trambolhões, mas vai indo, mesmo sem instrução e metido a sebo", diz Arrelia.

Ele acredita muito no estudo acurado do personagem que vai representar e que o sucesso depende muito disso. Autointitulado como “o palhaço fora de órbita”, Arrelia cita grandes nomes da sua arte: Eduardo Neves, Benjamim de Oliveira, Polidoro, Caetano Namba, Serrano, Alcebíades e Henrique Seyssel, seu irmão e parceiro. Waldemar Seyssel morreu no dia 23 de maio de 2005, aos 99 anos, em decorrência de uma pneumonia, na Clínica Cirúrgica Santa Bárbara, em Botafogo.

FONTES:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrelia
https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u50911.shtml

Arrelia



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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 21/06/2008 05:01:00