Antonio Stradivari

Licenciador: Personagem Real

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Antonio Giacomo Stradivari [1644-1737] foi um luthier italiano. Ainda muito jovem, segundo os irmãos Hill, “há indícios de que fora discípulo de Nicola Amati, com quem supostamente teria aprendido ou aperfeiçoado a arte inconfundível de fazer instrumentos de corda, como violinos, violas, violoncelos, contrabaixos, violões e harpas”.

O período áureo de sua carreira se deu entre 1700 e 1722, quando retomou o uso da Forma G – que significa grande – e assumiu ideias de estilo próprias. Abandonou o “amatizzato” (período em que fazia seus violinos parecidos com os da família Amati), foi quando atingiu o auge da sonoridade e construiu seus violinos mais famosos, como: o "Bets", em 1705; o "Cremonese", em 1715; o "Messiah" e o "Medici", ambos em 1716.

Muitas das técnicas utilizadas por ele ainda não foram completamente desvendadas. Sabe-se que as madeiras usadas eram o Acero (Maple ou Bordo) para o fundo. Ilhargas, braço e Abeto (Spruce ou Fichte) para o tampo harmónico. Nas partes da estrutura interna, como os troppos ou blocos, por exemplo, eram feitos em Carvalho.

Já as contrafaixas eram de Abeto ou Salgueiro. Através de pesquisas aprofundadas, o bioquímico Joseph Nagyvary concluiu que Stradivari usava, no tratamento da madeira, diversos tipos de minerais, os quais foram encontrados principalmente no tampo, mais de 30 tipos ao todo, dos quais o bórax ou o tetraborato de sódio, o responsável por criar uma ponte entre as moléculas.

Segundo ele, isso melhoraria a propagação do som, além de aumentar a rigidez da madeira a fim de conferir ao timbre qualidades especiais. Simone Sacconi, em seu famoso livro The Secrets of Stradivari, fala sobre um tapa-poros usado por Stradivarius, o qual ele denominou de “Vernice bianca” (um composto de goma arábica, de mel e de clara de ovo).

Muitos pesquisadores acreditam que Stradivari também selecionava madeiras antigas, provavelmente obtidas de casas velhas que ele comprava. De uma forma ou de outra, são teorias. Se verdadeiras ou falsas, cabe à ciência comprová-las. Todavia, atualmente é notório que seus instrumentos, com mais de 300 anos de uso, têm um som muito apreciado por músicos, solistas e entusiastas. Há diversas teorias sobre a sonoridade de seus violinos. Uma delas diz que o segredo de seus instrumentos estava no verniz utilizado por ele, os quais acreditavam conter cinzas vulcânicas, o que tornava o instrumento mais duro e, desta forma, melhorava a sonoridade.

Essa teoria ainda não foi comprovada por pesquisas. Outra lenda para o fato de seus violinos terem uma sonoridade superior era porque ele, supostamente, selecionava madeiras de navios naufragados há anos. Com isso, a madeira ficava muitos anos em água salgada, o que fazia com que fosse mais dura. Também não há nenhuma prova científica sobre esse fato. Outra teoria – talvez a mais aceita entre os cientistas – é que, durante o período em que viveu o luthier, a Terra, e especialmente a Europa, passava por um período de temperaturas muito baixas. Por isso, as madeiras das árvores ficaram mais duras durante esse período.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Stradivari

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Adicionado por
pwilding
em 27/11/2016 23:14:00

Editado por Guia dos Quadrinhos, Fabio Garcez | Ver outras contribuições