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Antonio Souza Netto



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Antonio Souza Netto

Antônio de Sousa Netto [1803-1866] foi um político e militar brasileiro, um dos mais importantes nomes do Rio Grande do Sul reconhecido por seu árduo trabalho na Revolução Farroupilha [1835-1845], como o segundo maior líder. Nascido na estância paterna, em Capão Seco (Rio Grande), no distrito de Povo Novo (onde o CTG o leva seu nome), era filho de José de Sousa Neto, natural de Estreito (São José do Norte) e de Teutônia Bueno, natural de Vacaria.

Por parte de pai, era neto de Francisco Sousa, natural de Colônia do Sacramento. O seu bisavô, Francisco de Sousa Soares, fora oficial de Auxiliares no Terço Auxiliar de Colônia do Sacramento e casara, em 1791, com Ana Marques de Sousa, na capela da Fortaleza São João. Descendia, pelo lado materno, do português José Ramalho, o qual vivia em São Paulo antes do povoamento, e que casou com a índia Bartira (Isabel), filha do cacique Tibiriçá.

Também pelo lado materno, descendia do paulista capitão-mor Amador Bueno da Veiga [1650-1719]. Foi coronel comandante de legião da Guarda Nacional de Bagé, quando participou da reunião que decidiu pelo início da Revolução farroupilha, na “Loja Maçônica Filantropia e Liberdade”. Organizou, junto com José Neto, Pedro Marques e Ismael Soares da Silva, o corpo de cavalaria farroupilha. Foi o general da primeira brigada do exército liberal republicano.

Em 1º de junho de 1836, participou do ataque a Rio Grande, porém sem sucesso. Após a Batalha do Seival, proclamou a República Rio-Grandense, no Campo dos Menezes, a 11 de setembro de 1836. Lutou em diversas batalhas pelos republicanos. Comandou o cerco a Porto Alegre durante vários meses, e a retomada de Rio Pardo, que estava nas mãos dos imperiais. Em sete de janeiro de 1837, travou o combate do Candiota, no qual foi derrotado por Bento Manuel, mas já no dia 12 de janeiro, em Triunfo, venceu as tropas do coronel Gabriel Gomes, o qual morreu em combate.

Em abril de 1837 comandou a conquista de Caçapava, recebeu a adesão de 900 homens da guarnição imperial ali comandada por João Crisóstomo da Silva. Apoderou-se de 15 peças de artilharia, 4000 armas de infantaria e farta munição de boca e de guerra. Esses recursos possibilitaram a subsequente conquista de Rio Pardo, no dia 30 do mesmo mês, o que levou o comandante militar da Província, marechal Barreto, a responder a um Conselho de Guerra.

Em Rio Pardo, em 30 de abril de 1838, junto a Davi Canabarro [1796-1867], Bento Manuel [1783-1855], e João Antônio da Silveira [1795-1872], derrotou os legalistas comandados por Sebastião Barreto Pereira Pinto [1775-1841] e os brigadeiros Francisco Xavier da Cunha [1782-1839] e Bonifácio Calderón []. Em 18 de junho de 1840, acampado perto do Arroio Velhaco, foi atacado de surpresa por Francisco Pedro de Abreu e perdeu diversos homens, inclusive o coronel José de Almeida Corte Real, um dos melhores oficiais farroupilhas.

Abolicionista ferrenho, foi morar no Uruguai após a guerra, com os negros os quais o acompanharam por livre vontade e onde continuou com a criação de gado. Retornou à luta em 1851, na Guerra contra Rosas, com sua cavalaria na brigada de Voluntários Rio-Grandenses, organizada inteiramente à sua custa, o que lhe valeu a promoção a brigadeiro Honorário do exército, e à transformação de sua brigada em Brigada de Cavalaria Ligeira.

Voltou ao combate na Guerra contra Aguirre e, depois, juntamente com seu exército pessoal, na Guerra do Paraguai. No comando em brigada ligeira fez a vanguarda de Osório na invasão do Paraguai, na Batalha do Passo da Pátria, em 16 de abril de 1866.

Sua brigada ostentava sempre, ao lado da bandeira do Brasil Imperial, o pavilhão tricolor da República Rio-Grandense. Na batalha de Tuiuti, foi importante na defesa do flanco da tropa brasileira, mas foi ferido à bala e mandado para um hospital em Corrientes, Argentina, onde morreu e foi inicialmente sepultado. Em 1966, no centenário de sua morte, seu corpo foi exumado e transferido para um mausoléu em Bagé.

FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_de_Sousa_Neto



Antonio Souza Netto



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  • pricardoam
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    pricardoam
    em 24/05/2009 16:37:00