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Antônio Conselheiro
Licenciador:
Personagem Real
Lista de revistas com participação de Antônio Conselheiro
Antônio Conselheiro [1830-1897] foi o líder do movimento religioso o qual reuniu milhares de seguidores no arraial de Canudos. Esteve à frente da resistência na Guerra de Canudos, ocorrida na Bahia entre 1896 e 1897 e registrada no livro Os Sertões, de Euclides da Cunha [1866-1909]. Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, nasceu na Vila do Campo Maior, em Quixeramobim, Ceará, em 13 de março de 1830.
Foi caixeiro viajante e andou por várias cidades do Nordeste. Aos 27 anos perdeu o pai e, sem aptidão, assumiu o armazém da família por pouco tempo. Para sustentar suas quatro irmãs, começou a dar aulas em uma fazenda da região e trabalhou em um cartório onde exercia diversas funções. Abandonado pela mulher, bem mais jovem que ele, entregou-se à vida errante. Fez pregações e deu conselhos (daí o seu apelido).
Percorreu várias cidades do Sertão do Nordeste, onde fez fama de milagreiro. Demonstrou grande entendimento religioso e conquistou uma multidão de fanáticos os quais afirmavam que Antônio Conselheiro era um profeta enviado de Deus. Em 1874, Antônio Conselheiro e seus seguidores se instalaram no sertão da Bahia, próximo à vila de Itapicuru de Cima, onde fundaram a primeira “cidade santa”, o “Arraial do Bom Jesus”.
Incomodado, o Bispo da região distribuiu circular com o intuito de proibir os fiéis de assistirem as pregações, consideradas subversivas. Em 1887, o presidente da província tentou internar o Conselheiro em um hospício no Rio de Janeiro, mas não conseguiu vaga. Em 1893, quando o governo central autorizou os municípios a efetuarem a cobrança de impostos no interior, Antônio Conselheiro colocou-se contra essa decisão e mandou que a população queimasse os editais.
O grupo, com aproximadamente 200 fiéis, foi perseguido pela polícia, a qual foi derrotada. A perseguição continuou, mas, finalmente, o grupo se instalou em uma fazenda abandonada, às margens do rio Vaza-Barris, no norte da Bahia, conhecida como “Canudos”. A população do povoado de “Belo Monte” chegou a milhares de habitantes, os quais recuperaram a região, criavam animais e plantavam para consumo.
Canudos prosperou de forma incômoda para a polícia, para a igreja e para os grandes proprietários de terra. O governo continuou a perseguição e realizou diversas investidas. O primeiro ataque se deu em 1896, por iniciativa do governo da Bahia; o segundo, em 1897, comandado pelo Major Febrônio de Brito; e o terceiro, no mesmo ano, comandado pelo Coronel Antônio Moreira, todos sem sucesso. A quarta e maior expedição, comandada pelo General Arthur de Andrade Guimarães, com 4000 mil soldados, finalmente derrotou o povo de Canudos.
Durante o ataque, milhares de pessoas foram assassinadas. Conselheiro foi preso e decapitado. No dia cinco de outubro de 1897, o arraial – o qual contava com 5.200 casebres – foi completamente destruído e incendiado. A tragédia da Guerra de Canudos foi acompanhada por Euclides da Cunha, então correspondente do jornal O Estado de São Paulo, e registrada em seu livro Os Sertões, publicado em 1902. Antônio Conselheiro morreu em Canudos, Bahia, no dia 22 de setembro de 1897.
FONTE:
https://www.ebiografia.com/antonio_conselheiro/
Relate algum problema encontrado nesse personagem
Adicionado por
Antônio Luiz Ribeiro
em 31/07/2010 16:41:00
Editado por
Fabio Garcez
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