Vertigo: Além do Limiar


Allan Pinkerton



Licenciador: Personagem Real


Lista de revistas com participação de Allan Pinkerton

Allan J. Pinkerton [1819-1884] foi o detetive criador da Agência Nacional de Detetives Pinkerton. Nascido em Gorbals, Glasgow, Escócia, lia vorazmente quando criança e era basicamente autodidata. Um tanoeiro de profissão, foi ativo no movimento cartista escocês quando jovem. Ele se casou secretamente com Joan Carfrae [1822-1887] de Duddingston, então cantora, em Glasgow, em 13 de março de 1842.

Pinkerton emigrou para os Estados Unidos em 1842. No ano seguinte, ouviu falar de Dundee Township, Illinois, onde construiu uma cabana e começou uma tanoaria. Pinkerton começou a se interessar pelo trabalho de detetive criminal enquanto vagava pelos bosques ao redor de Dundee, em busca de árvores para fazer aduelas de barril, quando se deparou com um bando de falsificadores.

Observou seus movimentos por algum tempo e logo informou ao xerife local, que os prendeu. Isso levou Pinkerton a ser nomeado, em 1849, como o primeiro detetive de polícia em Chicago, Condado de Cook, Illinois. Em 1850, ele fez parceria com o advogado de Chicago Edward Rucker na formação da North-Western Police Agency, mais tarde Pinkerton & Co, e, finalmente, Pinkerton National Detective Agency, ainda hoje existente como Pinkerton Consulting and Investigations, uma subsidiária da Securitas AB.

A insígnia empresarial de Pinkerton era um olho bem aberto com a legenda "Nunca dormimos". À medida que os EUA se expandiam em território, o transporte ferroviário aumentava. A agência de Pinkerton resolveu uma série de roubos de trem durante a década de 1850, ao colocar Pinkerton em contato com George McClellan, engenheiro-chefe e vice-presidente da Ferrovia Central de Illinois, e Abraham Lincoln [1809-1865], então advogado da empresa.

Quando a Guerra Civil começou, Pinkerton serviu como chefe do Serviço de Inteligência da União durante os primeiros dois anos e liderou uma suposta conspiração de assassinato em Baltimore, Maryland, enquanto guardava o presidente Lincoln em seu caminho para Washington. Também identificou o número de tropas nas forças armadas.

Seus agentes muitas vezes trabalhavam disfarçados como soldados confederados ou simpatizantes, a fim de reunir inteligência militar. O próprio Pinkerton serviu em várias missões secretas disfarçado como soldado confederado, com o pseudônimo de Major E.J. Allen. Ele trabalhou em Deep South no verão de 1861, onde se concentrou em fortificações e planos confederados.

Ele foi descoberto em Memphis e quase não escapou com vida. Este trabalho de contra-espionagem feito por Pinkerton e seus agentes é comparável ao trabalho feito pelos atuais Agentes Especiais de Contra-espionagem do Exército dos EUA. Ele foi sucedido como chefe do Serviço de Inteligência por Lafayette Baker. O Serviço de Inteligência foi o predecessor do Serviço Secreto dos EUA e seu trabalho levou ao estabelecimento do serviço secreto federal.

Após o serviço de Pinkerton no Exército da União, continuou a perseguição aos ladrões de trem, inclusive a Gangue Reno. Ele foi contratado pelas empresas ferroviárias Expresso para rastrear o fora-da-lei Jesse James [1847-1882], mas depois que Pinkerton não conseguiu capturá-lo, a ferrovia retirou seu apoio financeiro e Pinkerton continuou a rastrear o bandido às suas próprias custas.

Após James supostamente ter capturado e matado um dos agentes secretos de Pinkerton – o qual trabalhava disfarçado na fazenda vizinha à fazenda da família James –, ele abandonou a perseguição. Alguns consideram esse fracasso a maior derrota de Pinkerton. Em 1872, o governo espanhol contratou Pinkerton para ajudar a reprimir uma revolução em Cuba a qual pretendia acabar com a escravidão e dar aos cidadãos o direito de voto.

Se Pinkerton sabia disso, então contradiz diretamente as afirmações de seu livro de 1883, O Espião da Rebelião, onde professa ser um abolicionista fervoroso e odiar a escravidão. O governo espanhol aboliu a escravidão em 1880, e um decreto real aboliu os últimos vestígios dela em 1886. Allan Pinkerton morreu em Chicago, em 1º de julho de 1884. Costuma-se dizer que ele escorregou na calçada e mordeu a língua, o que teria resultado em gangrena.

Relatos contemporâneos dão causas conflitantes, como o fato de ele ter sucumbido a um derrame – que teve um ano antes – ou à malária, contraída durante uma viagem ao Sul do país. No momento de sua morte, trabalhava em um sistema para centralizar todos os registros de identificação criminal, um banco de dados agora mantido pelo Federal Bureau of Investigation (FBI).

FONTE:
https://en.wikipedia.org/wiki/Allan_Pinkerton


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  • Antônio Luiz Ribeiro
  • Adicionado por
    Antônio Luiz Ribeiro
    em 14/08/2010 20:43:00
    Editado por Fabio Garcez