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Alferes-Aluno José Beviláqua



Licenciador: Personagem Real
País de origem: Brasil


Lista de revistas com participação de Alferes-Aluno José Beviláqua

José Bevilacqua nasceu em Nossa Senhora da Assunção de Viçosa, atual Viçosa do Ceará (CE), em 18 de março de 1863. Seu pai era tenente da Guarda Nacional e sua mãe professora. Estudou em um seminário religioso em Belém do Pará, de 1874 a 1878. Decidido a seguir carreira militar, assentou praça em 12 de setembro de 1879, no 15º Batalhão de Infantaria, no Ceará, com destino a um dos corpos da guarnição da Corte.

Chegou ao Rio de Janeiro, então capital do Império, em 14 de outubro, aos 16 anos. Embora sua família fosse de posses modestas, a patente de tenente da Guarda Nacional que seu pai tinha lhe possibilitou ser reconhecido como cadete de segunda classe. Em fevereiro de 1880 matriculou-se no curso preparatório da Escola Militar da Praia Vermelha e, em 1882, iniciou o curso superior da mesma instituição. Passou a alferes-aluno no início de 1885.

A partir de então, passou a compartilhar o clima intelectual marcado pelo “cientificismo” de matiz positivista, bem como o posicionamento político anti-governista e republicano. Suas cartas aos pais (disponíveis em seu arquivo pessoal) trazem repetidas críticas ao governo. Também pertenceu à Sociedade Abolicionista que os alunos mantinham na Escola Militar. Promovido a segundo-tenente no final de 1888, nos anos finais do Império participou ativamente da agitação republicana a qual, reunida em torno de Benjamin Constant [1836-1891], professor de matemática da Escola Militar, resultou na conspiração que sairia vitoriosa no golpe de Estado de 15 de novembro de 1889.

No mesmo mês, às vésperas da proclamação da República, foi um dos signatários dos “pactos de sangue” entregues a Benjamin Constant. Após a República, teve rápida ascensão na carreira, promovido a primeiro-tenente “por serviços relevantes” em janeiro de 1890 e a capitão em maio seguinte. Em 15 de setembro do mesmo ano, foi eleito deputado pelo Ceará ao Congresso Nacional Constituinte e tomou posse em 15 de novembro.

Em janeiro de 1891 concluiu o curso de engenharia na Escola Militar e recebeu o grau de bacharel em matemática e ciências físicas e naturais. Após promulgada a primeira Constituição republicana do país – em 24 de fevereiro de 1891 –, assumiu, em maio seguinte, sua cadeira na Câmara dos Deputados, com mandato até dezembro de 1893. Durante os trabalhos parlamentares, propôs que fossem solenemente restituídos ao Paraguai os troféus conquistados na guerra, projeto nunca levado adiante.

No dia 15 de novembro de 1891 casou-se com Alcida Botelho de Magalhães, terceira filha de Benjamin Constant, líder republicano e primeiro ministro da Guerra do novo regime. Em 30 de novembro de 1893 foi nomeado comandante do Batalhão Patriótico de Franco-Atiradores e foi defender o governo de Floriano Peixoto na Revolução Federalista, em Lapa (PR). Em seguida, retomou sua carreira política.

Foi reeleito deputado federal em 1894, com mandato até dezembro de 1896. De volta à carreira militar, passou a servir na Diretoria Geral de Obras Militares. Em março de 1897, foi nomeado auxiliar das obras militares do estado do Amazonas, onde permaneceu até janeiro de 1899. Em 1902 foi promovido a major graduado e, em 1904, a major efetivo. Em 1906 foi inaugurado o edifício da Direção Geral de Saúde, por ele projetado e construído.

Em fevereiro de 1909 foi transferido para o Quadro Suplementar da Arma de Engenharia e, em julho, para a 2ª Seção da 5ª Divisão do Departamento de Guerra, onde permaneceu até 1917. Nesse ínterim foi promovido a tenente-coronel, em janeiro de 1910, e a coronel, em 1912. Em dezembro de 1917 foi nomeado chefe da 1ª Divisão da Engenharia. Em janeiro de 1920 foi transferido para o 5º Batalhão de Engenharia, do qual se tornou comandante, e em novembro foi nomeado chefe da 2ª Divisão da Diretoria.

Em maio de 1921 assumiu a chefia de gabinete da Diretoria de Engenharia e em julho passou a chefe da 3ª Divisão da mesma Diretoria. No dia 13 de setembro de 1921 foi graduado no posto de general-de brigada e, no dia seguinte, reformado da carreira militar. Morreu no Rio de Janeiro, em 21 de julho de 1930.

FONTE:
FONTES: ARQ. JOSÉ BEVILÁQUA; CASTRO, C. Militares; MUSEU CASA DE BENJAMIN CONSTANT

DISPONÍVEL EM:
http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/BEVILACQUA,%20Jos%C3%A9.pdf





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  • pricardoam
  • Adicionado por
    pricardoam
    em 22/11/2019 21:10:00
    Editado por Fabio Garcez