Vertigo: Além do Limiar


Ebal


Títulos publicados pela Ebal
A editora tem 551 títulos cadastrados no site, somando 10394 edições no total.

A Editora Brasil-América Ltda. (EBAL) foi uma das mais importantes editoras de quadrinhos do Brasil. Fundada em 18 de maio de 1945 por Adolfo Aizen, o “Pai das Histórias em Quadrinhos do Brasil”, foi de extrema importância por difundir aquela arte no país. Com sede no bairro de São Cristovão, no Rio, em frente ao estádio São Januário (do Vasco da Gama), em seu período áureo a empresa era dirigida também por Paulo Adolfo Aizen e Naumin Aizen (filhos de Adolfo), bem como pelo jornalista Fernando Albagli. A primeira revista da editora foi "O Herói", que reunia personagens da americana Fiction House.

Em 1964, durante visita à sede da editora americana Western Printing — que produzia, publicava e distribuía personagens como “Lone Ranger”, “Tarzan” e “Pernalonga” — Naumim deparou com um desânimo generalizado entre os editores e artistas de HQs. Foi um informado por um deles de que as vendas de revistas em quadrinhos vinham caindo assustadoramente em todo o mundo. E passou a temer pelo futuro da editora e de sua família. A partir daí, a Ebal, sempre com Adolfo Aizen no comando, decidiu mudar de rumo. Em 1965, começou a intensificar a publicação de livros infantis, que se tornariam seu principal produto nas duas décadas seguintes. No Brasil, porém, essa crise ainda demoraria a chegar. Uma pesquisa de 1967 constatou que somente Abril, RGE e Ebal vendiam juntas respeitáveis 18 milhões de revistas em quadrinhos todos os meses — mais de 200 milhões de exemplares por ano. A editora de Aizen, embora tivesse mais títulos, àquela altura já estava atrás de suas duas concorrentes em vendas, com pequena diferença.

Em 1967, a Ebal viveu seu último período de renovação, ao lançar no Brasil os heróis da Marvel Comics. Nos anos 80, intensificou-se a decadência da empresa, afundada em dívidas trabalhistas, má administração e brigas internas. Publicou quadrinhos até 1995, quatro anos após a morte de Adolfo.

Gonçalo Junior, “A Guerra dos Gibis”.



Ebal