Vertigo: Além do Limiar


Sergio Bonelli - ‘Guido Nolitta’



País de nascimento: Itália
2 de dezembro de 1932
26 de setembro de 2011

Lista de revistas com trabalhos de Sergio Bonelli - ‘Guido Nolitta’
Veja lista detalhada dos trabalhos


(acima, o autor em 2009 [foto: Blog Tex])

Filho de Tea (editora) e Gian Luigi Bonelli (o escritor criador de Tex), Sergio Bonelli deu vida a diversos personagens que acompanharam o imaginativo dos italianos por décadas. Zagor, por exemplo, é um herói que poderia ser encaixado entre Tarzan e o western; Mister No, o seu herói preferido, um ex-soldado americano que vive aventurescamente na Manaus (Brasil) dos anos 50.

A carreira de Sergio nos quadrinhos começou em 1955, na editora dirigida por sua mãe, a Redazione Audace (que mais tarde mudaria de nome para “Edizione Audace”, “Araldo”, “Daim Press”, “CEPIM”, “Altamira”, “Editore L'Isola Trovata” e, finalmente, “Sergio Bonelli Editore”). Sergio fazia todo tipo de trabalho, distribuía revistas, respondia cartas de leitores etc. Foi então que, usando o pseudônimo “Annalisa Macchi”, escreveu os recordatórios de “Ciuffetto Rosso”, história desenhada por Roy D'Amy e publicada no número 6 da segunda série “Collana Capolavori”. Em 1957 Sergio assumiu a direção da agora Edizioni Araldo, fazendo seu primeiro roteiro completo, usando o pseudônimo “Guido Nolitta” (“se eu assinasse como Sergio Bonelli, alguns leitores poderiam confundir com Gianluigi Bonelli”). Em 1958, “Guido Nolitta” e o desenhista Franco Bignotti criou “Tim Carter”, um jovem cowboy (publicado entre nós pela Ebal). Em 1959, junto com o artista Sergio Tarquinio, criou “Il giudice Bean”, história que só foi estrearia em 1963, na coleção “Gli Albi Del Cow Boy”. Nessa época, também escreveu alguns roteiros para o título “O Pequeno Ranger”.

Mas foi só em 1960 que ele criaria seu personagem mais famoso: “Zagor”, que só viria a estreiar no ano seguinte. Em 1975, mais um herói de sucesso: “Mister No”. Na mesma época, editou “Ken Parker”, a criação de Giancarlo Berardi e Ivo Milazzo. Em 1976, começou a escrever roteiros para “Tex”, aliviando o excesso de trabalho de seu pai, o veterano Gianluigi Bonelli, que era o escritor oficial da série desde 1948. Ainda em 1976, Sergio editou, ao lado de Decio Canzio, a coleção “Um homem, uma aventura”. No início dos anos 80, Sergio se deu conta que, mesmo com sua ajuda, seu pai não conseguia mais escrever sozinho todas as histórias do cowboy “Tex”. E o próprio Sergio, cada vez mais absorvido pelo quotidiano da Editora que crescia dia a dia, não poderia se dedicar mais aos roteiros. A saída foi começar a procurar alguém em condições de elabonar as histórias do maior ícone dos quadrinhos dos quadrinhos da Velha Bota. A atenção do editor voltou-se para o autor das histórias de faroese do personagem “Larry Yuma”, então publicadas na revista “Il Giornalino” (“A Revistinha”), Claudio Nizzi. Este começou a escreveu “Tex” em 1983 e nunca mais parou.

Com a série “Tex” já estabilizada, o editor Sergio voltou sua atenção a um novo título, Dylan Dog, criado por Tiziano Sclavi. Vieram então “Martin Mystère”, “Nick Raider”, “Nathan Never”, “Akim”, “Zona X”, “Legs Weaver”, “Mágico Vento” e “Julia”.

Com a morte do pai, Sergio virou dono da editora (agora Sergio Bonelli Editore). Em janeiro de 2007, Sergio passou o cargo de diretor geral da editora para Decio Canzio.

Em setembro de 2011, Sergio ficou hospitalizado durante uma semana, depois de ter descoberto um problema de saúde em agosto. Veio a falecer uma semana depois.


Notas e fontes
http://texwillerblog.com/wordpress/?p=6064



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  • Dylan Dog
  • Adicionado por
    Dylan Dog
    em 17/03/2007 20:45:00