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Miguel Penteado
★
1918
✝
19 de abril de 2001
Lista de revistas com trabalhos de Miguel Penteado
Veja lista detalhada dos trabalhos
Trabalhos
Total
Arte
1
Editor original
14
Editor
53
Capa: Arte
64
Capa: Arte-Final
1
Capa: Cores
1
Capa: Desenho
6
Capa: Pintura
15
(na foto, o autor em 1951, durante a primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos, em São Paulo)
Desenhista e editor de quadrinhos. Miguel Falcone Penteado começou a entrar no mundo das artes gráficas quando trabalhava no Foto Labor, na região central de São Paulo. Ali, conheceu o artista português Jayme Cortez, em 1947. De acordo com o historiador Gonçalo Junior, “o local possuía uma velha máquina Multilith, que ele aprendeu a usar em pequenos trabalhos gráficos para terceiros”. O contato com o jovem desenhista lusitano “foi tão animador que ele se empolgou com a possibilidade de se tornar um desenhista profissional de gibis”. Tudo aconteceu tão rápido, graças ao fato de já ser um desenhista amador, que cerca de quatro meses depois Penteado já fazia suas primeiras HQs. Estimulado por Cortez, ele esperava conseguir algum espaço nas populares revistas de “pin-ups”, principalmente na “Bom Humor”, da La Selva e, por isso, produziu muitos desenhos de belas garotas.
Ao mesmo tempo, Penteado passou a ilustrar livros para a Editora do Brasil, de Carlos Costa, “que lhe foi apresentado por Cortez. Nessa editora, conheceu Álvaro de Moya e Silas Roberg, também desenhista e roteirista iniciantes de quadrinhos, respectivamente. Com a dupla faria a Primeira Exposição Internacional de Quadrinhos, em 1951”. Ainda naquele ano de 1951, passou a trabalhar, como freelancer, para a editora La Selva (seus primeiros trabalhos publicados lá foram as capas da revista policial “Seleções Enigmáticas” e ilustrações para a revista “Gilda”, a partir de 1951).
Penteado trabalhou também para a Abril nos primórdios da editora, no início da década de 50. Em 1954 foi contratado pela Novo Mundo como capista exclusivo da editora de Victor Chiodi. Mas logo, passou a ser mais do que isso. Impressionado com a desorganização da Novo Mundo, Penteado se queixou a Chiodi disso. Um tanto mordido, o gráfico italiano desafiou-o a ir trabalhar lá e arrumar tudo, o que de fato ele acabou fazendo. E arrumou tão bem que acabou saneando a editora financeiramente, tornando-a muito mais produtiva e fazendo-a prosperar. No final de 1958, a S.A.I.B. informou à La Selva que não ia mais imprimir suas revistas, alegando “acúmulo de trabalho”. Isso era um desastre e a situação tinha que ser contornada rapidamente. E foi então que numa reunião, tiveram a ideia de comprar a Novo Mundo de Victor Chiodi, que a princípio relutante, foi vencido por uma generosa oferta. Os La Selva fizeram questão de manter Penteado à frente da gráfica e ainda trataram de ampliá-la comprando novas máquinas. Penteado, porém, já não aguentava mais os La Selva, que julgava arrogantes. Nunca gostara deles. Descontente, resolveu sair da Novo Mundo. Para isso, fundou (junto com Victor Chiodi, Cláudio de Souza, Eli Otávio de Lacerda, Arthur de Oliveira, José Sidekerkis e Cortez), em 1959, a editora Continental, (que tempos depois seria rebatizada de editora Outubro), famosa pelos gibis de terror e baseados em programas de TV ("Capitão 7"), todos feitos por artistas nacionais. Membro do Partido Comunista, liderou o movimento da lei que visava estatizar os quadrinhos.
Tudo caminhava mais ou menos bem para Penteado e Cortez até o final de 1963, embora Penteado se queixasse de que eles é que faziam a maior parte do trabalho, mesmo não sendo donos da maior parte da Outubro. Até que desavenças entre Penteado e os sócios, principalmente Cortez, o levaram a sair da editora. Ele, então, fundou, em 1966, a GEP (Gráfica Editora Penteado). No final da década, cansado do recolhimento pela polícia de suas revistas de piadas com fotos de garotas sensuais ("Salão de Barbeiro"), resolveu publicar outros gêneros. Foi então que começou a lançar alguns heróis Marvel que a concorrente EBAL não publicava: "X-Men", "Surfista Prateado", "Capitão Marvel" e "Vigia". Dos super-heróis brasileiros, investiu em "Raio Negro", de Gedeone Malagola (que também desenhava histórias complementares de "X-Men").
Em 1972, cansado dos quadrinhos, resolveu parar com a atividade de editor. De acordo com Gonçalo, “Penteado tocou sua gráfica de forma comercial até 1980 e se aposentou. Foi morar numa pequena cidade do litoral paulista”.
Notas e fontes
www.bigorna.net/index.php?secao=guerradosgibis&id=1300658169
Blog sobre o artista: http://mpenteado.blogspot.com/
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Adicionado por
Erico Molero
em 02/08/2007 17:31:00
Editado por
Antônio Luiz Ribeiro
,
Guia dos Quadrinhos
,
antônio Luiz Ribeiro
|
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