Herb Trimpe

País de nascimento: Estados Unidos da América
★ 26 de maio de 1939
✝ 13 de abril de 2015

Lista de revistas com trabalhos de Herb Trimpe

Veja lista detalhada dos trabalhos

Trabalhos	Total
Argumento	5
Arte	63
Arte-Final	19
Desenho	170
História	2
Layout	1
Capa: Arte	40
Capa: Arte-Final	6
Capa: Desenho	37

Desenhista americano, nascido em Peekskill, Nova York, Herbert (“Herb”) W. Trimpe é mais conhecido por suas HQs na editora Marvel (onde trabalhou de 1967 a 1996), em especial “O Incrível Hulk”. Mas sua carreira artística começou bem antes. Após concluir o ginásio, estudou três anos na School of Visual Arts, onde conheceu o desenhista e amigo John Verpoorten. As influências iniciais de Trimpe foram Jack Cole, Carl Barks e Jack Davis. Mas acabou virando assistente de um de seus professores da School of Visual Arts, o desenhista Tom Gill, fazendo arte-final dos cenários para os faroeste da editora Dell e algumas quadrinizações de filmes, como “Viagem ao centro da Terra”. Em 1962 interrompeu as atividades para entrar na Força Aérea, onde largou em 1966. Foi então que Trimpe procurou o velho chapa Verpoorten, que na ocasião trabalhava no departamento de produção da Marvel. Verpoorten acabou abrindo as portas da editora para o amigo. Inicialmente trabalhou no departamento de produção, sob o comando de Sol Brodsky. Depois passou a atuar como desenhista e arte-finalista freelancer, fazendo faroestes como “Kid Colt”. Em 1968 assumiu os desenhos do “Hulk”. Ele ficou com o personagem até 1975. “Hulk” é o seu trabalho mais famoso e, além de desenhar, ele chegou a elaborar parte dos argumentos. Em 1971 Trimpe já era um desenhista conhecido, a ponto de ilustrar uma capa da revista “Rolling Stones” estrelada pelo conhecido monstro verde. Mas nem tudo foram flores naquele início dos anos 70. Ele se separou de sua primeira esposa (com quem teve uma filha). Em 1972, casou-se com Linda Fite, assistente editorial da Marvel, com quem teve três filhos: Alexander Spurlock, Amelia Fite e Sarah .

Trimpe foi o primeiro desenhista de Wolverine, na década de 70 — embora o criador da concepção visual daquele herói tenha sido John Romita (o próprio Trimpe confirma que foi Romita quem criou o visual de Wolverine em uma entrevista publicada na “Wizard Brasil” n° 29, fev. 2006, pág. 67).

Outras séries ilustradas por Trimpe foram “Homem-Formiga” (artefinalizada por seu irmão, Mike Trimpe), “Comandos em Ação”, “Planeta dos Macacos”, “Homem de Ferro”, “Transformers” e “Os Defensores”. Em 1991 desenhou algumas HQs junto com seu filho Alexander, como “Robocop”, “Quarteto Fantástico“ e “Thor”. Nos anos 90, voltou a estudar, tirou seu diploma em artes, tornou-se bispo pela diocese episcopal de Nova York e deu aulas de desenho.

Em 1996, porém, Trimpe sofreu um duro golpe: foi despedido da Marvel, com a desculpa de que seu traço não se enquadava no novo estilo “Image” adotado pela editora. De acordo com o jornalista Sean Howe, Trimpe então escrevia no seu diário: “Estou começando a odiar meu trabalho nos quadrinhos”. Aos 56 anos, Trimpe ia se matricular numa faculdade estadual. “Ontem fui a Nova York”, escreveu, “Todos os editores estavam em reunião ou no almoço. Falei com o departamento de recursos humanos da Marvel. A moça pareceu envergonhada. Disse que eu devia considerar a aposentadoria. Eu disse que não ia botar um revólver na minha cabeça. Eles é que tinham de atirar. Tendo família, eu precisava do plano de saúde e da renda”. Outros artistas veteranos, como Don Heck e Marie Severin, enfrentavam o mesmo problema. A Fabulosa Flo Steinberg, colega de Trimpe no “Bullpen” dos anos 60, resumiu a sensação entre os veteranos: “Herb, eles não estão nem aí. Você não entendeu?”.

Depois dos ataques terroristas de 11 de setembro,Trimpe passou oito meses no local do ataque, em Nova York, atuando como capelão e ajudando as pessoas a lidar com a morte e a destruição ocorridas no ataque ao World Trade Center. Depois escreveu um livro sobre essa sua experiência. O livro ganhou, em 2002, o Prêmio Humanitário Bob Clampett.

Em tempos recentes, Herb Trimpe ilustrou o gibi do “Fantasma” de Lee Falk, publicado pela editora Moonstone.

(na foto, Trimpe [de óculos], Joe Sinnott [de boné] e Terry Austin em 2004)