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Gilbert Shelton



País de nascimento: Estados Unidos da América
31 de maio de 1940

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Cartunista americano. Eterno ícone do “underground”, é criador dos famosos e hilários “Freak Brothers”. Começou nos quadrinhos na revista “Campus Humor”, em 1958. Também são de sua autoria o gato “Fido” (“Fat Freddy's Cat”); “Wonder Wart-Hog” (uma versão suína do “Super-homem”), para a revista “Texas Ranger”, em 1961; e “Freak Brothers” (1968). No fim dos anos 80, se juntou ao desenhista francês Denis Lelièvre, o Pic, para fazer, na “Rip Off Comix” (editora independente criada por Shelton e pelo cartunista Jack Jackson, ao lado de Fred Todd e Dave Moriaty), a primeira HQ baseada nas desventuras de Not Quite Dead, uma banda obscura que luta para conseguir seu lugar ao sol.

Shelton esteve no Brasil em 2010 para participar de um concorrida mesa na Flip ao lado do amigo e companheiro de longa data Robert Crumb.

Gilbert Sheldton hoje é um senhorzinho de 72 anos, que abandonou a maconha (segundo ele) e se exilou na França, mas ainda mantém um pé no estilo de Chuck Berry e Elvis Presley. Ao menos é o que sugere “O último show”, sua mais recente história em quadrinhos. Na “graphic novel”, o pai dos “Freak Brothers” trabalhou em parceria com o coleguinha Pic, contando as aventuras da “banda de rock menos famosa do mundo”, Not Quite Dead, um grupo obscuro que luta para conseguir seu lugar ao sol, que ganha na historieta tons jocosos — mas extremamente próximos da realidade de grupos independentes, que aceitam as maiores roubadas em troca de alguma visibilidade. De lá para cá, a história ganhou seis volumes próprios.

Em depoimento para o jornal “O Globo” de 5 de junho de 2012, Shelton afirma ter abandonado o gosto pelos quadrinhos de vanguarda. “Tenho lido HQs francesas, mais para estudar o idioma. Hoje tenhou pouco contato com a cena americana, meu cartunista favorito ainda é Robert Crumb. Para você ter uma idéia, ainda vejo a Fantagraphics como uma coisa nova [a editora independente de HQs foi fundada no já longínquo ano de 1976). É que não estou interessado na internet” — diz, sem medo de soar ranzinza.

A aposentadoria, porém, não está nos planos do desenhista, que mora em Paris desde o começo dos anos 90 ao lado da mulher e agente literária Lora Fountain. Shelton diz não sentir falta dos anos hippies, os “mais loucos” de sua vida.


Fonte:
http://en.wikipedia.org



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